Achados Clínicos e Imaginológicos Após Fonoaudiologia Intensiva em Afasia Pós-AVC: Relato de Caso

Autores

  • Ana Teixeira-Vaz Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar e Universitário de São João, Porto, Portugal http://orcid.org/0000-0002-4941-8753
  • Ana Isabel Silva Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar e Universitário de São João, Porto, Portugal http://orcid.org/0000-0003-3824-0029
  • Pedro Alberto Silva Serviço de Neurocirurgia, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal
  • José Manuel Dias da Costa Serviço de Neuroradiologia, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal
  • Guilherme Bastos Silva Serviço de Neuroradiologia, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal
  • Maria José Festas Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal
  • Fernando Parada Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal http://orcid.org/0000-0003-0824-4598
  • José Afonso Rocha Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal http://orcid.org/0000-0003-0824-4598

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.458

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral/complicações, Afasia, Recuperação de Função, Ressonância Magnética

Resumo

Doente do sexo feminino, 45 anos, sofreu um acidente vascular cerebral no contexto de um aneurisma dissecante da artéria cerebral média esquerda, o qual resultou numa afasia de expressão persistente. Devido a uma resposta clínica mínima após 1 ano de tratamento de reabilitação, realizou-se uma avaliação e orientação terapêutica dirigida e intensiva, baseada nos défices específicos da doente. Foram reportadas melhorias significativas nas escalas cognitivas, de linguagem e funcionais aplicadas. Adicionalmente, também em imagens de ressonância magnética funcional foi documentado um aumento global na ativação cortical, especificamente nas áreas da linguagem. Apesar da evidência demonstrar que a maioria da recuperação neurológica ocorre nos primeiros 6-9 meses após lesão vascular cerebral, este caso exemplifica que uma recuperação adicional pode ocorrer mais tardiamente, dependendo de um tratamento intensivo e individualizado. Adicionalmente, realçamos que o número de ativações na ressonância magnética funcional é, por si só, duvidoso como outcome surrogado da recuperação neurológica; contudo, estas alterações em paralelo com a melhoria clínica são uma informação a valorizar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Small SL, Buccino G, Solodkin A. Brain repair after stroke-a novel neurological model. Nat Rev Neurol. 2013;9:698-707. doi: 10.1038/nrneurol.2013.222.

Brady MC, Kelly H, Godwin J, Enderby P, Campbell P. Speech and language therapy for aphasia following stroke. Cochrane Database Syst Rev. 2016:CD000425.

Iorga M, Higgins J, Caplan D, Zinbarg R, Kiran S, Thompson CK, et al. Predicting language recovery in post-stroke aphasia using behavior and functional MRI. Sci Rep. 2021;11:8419. doi: 10.1038/s41598-021-88022-z.

Wong GK, Mak JS, Wong A, Zheng VZ, Poon WS, Abrigo J, et al. Minimum Clinically Important Difference of Montreal Cognitive Assessment in aneurysmal subarachnoid hemorrhage patients. J Clin Neurosci. 2017;46:41-4. doi: 10.1016/j.jocn.2017.08.039.

Beninato M, Gill-Body KM, Salles S, Stark PC, Black-Schaffer RM, Stein J. Determination of the minimal clinically important difference in the FIM instrument in patients with stroke. Arch Phys Med Rehabil. 2006;87:32-39.

Hamilton RH, Chrysikou EG, Coslett B. Mechanisms of aphasia recovery after stroke and the role of noninvasive brain stimulation. Brain Lang. 2011;118:40-50.

Stockert A, Wawrzyniak M, Klingbeil J, Wrede K, Kümmerer D, Hartwigsen G, et al. Dynamics of language reorganization after left temporo-parietal and frontal stroke. Brain. 2020;143:844-61. doi: 10.1093/brain/awaa023.

Shimizu T, Hosaki A, Hino T, Sato M, Komori T, Hirai S, et al. Motor cortical disinhibition in the unaffected hemisphere after unilateral cortical stroke. Brain. 2002;125:1896-907. doi: 10.1093/brain/awf183.

Gold BT, Kertesz A. Right hemisphere semantic processing of visual words in an aphasic patient: an fMRI study. Brain Lang. 2000;73:456-65.

Rosen HJ, Petersen SE, Linenweber MR, Snyder AZ, White DA, Chapman L, et al. Neural correlates of recovery from aphasia after damage to left inferior frontal cortex. Neurology. 2000 26;55:1883-94. doi: 10.1212/wnl.55.12.1883.

Stefaniak JD, Halai AD, Lambon Ralph MA. The neural and neurocomputational bases of recovery from post-stroke aphasia. Nat Rev Neurol. 2020;16:43-55. doi: 10.1038/s41582-019-0282-1.

Saur D, Lange R, Baumgaertner A, Schraknepper V, Willmes K, Rijntjes M, et al. Dynamics of language reorganization after stroke. Brain. 2006;129:1371-84. doi: 10.1093/brain/awl090.

Downloads

Publicado

2023-06-30

Como Citar

1.
Teixeira-Vaz A, Silva AI, Silva PA, Dias da Costa JM, Bastos Silva G, Festas MJ, et al. Achados Clínicos e Imaginológicos Após Fonoaudiologia Intensiva em Afasia Pós-AVC: Relato de Caso. SPMFR [Internet]. 30 de Junho de 2023 [citado 10 de Dezembro de 2024];35(2):66-9. Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/458

Edição

Secção

Caso Clínico

Artigos Similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 > >> 

Também poderá iniciar uma pesquisa avançada de similaridade para este artigo.