Sensibilização para o AVC: Uma Análise Transversal

Autores

  • Ana Teixeira-Vaz Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar e Universitário de São João
  • Joana Tender Vieira Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal
  • Ana Isabel Silva Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal
  • Maria José Festas Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal
  • Jennifer Pires Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Unidade Local de Saúde de Matosinhos, Matosinhos, Portugal
  • Fernando Parada Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.475

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral/prevenção e control, Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde, Consciencialização, Reabilitação do Acidente Vascular Cerebral.

Resumo

Introdução: O nosso objetivo foi avaliar a perceção do diagnóstico de doença vascular cerebral (DVC), seus fatores de risco e potencial de recorrência em doentes hospitalizados.
Material e Métodos: Estudo transversal com inclusão consecutiva de 530 doentes com acidente vascular cerebral (AVC) ou acidente isquémico transitório (AIT), admitidos num centro terciário entre maio e novembro de 2019. Os critérios de inclusão foram: 1) diagnóstico de admissão hospitalar de AVC ou AIT e 2) idade ≥18 anos. Os critérios de exclusão foram 1) afasia, 2) défice cognitivo ou demência, 3) depressão do estado de consciência, 4) hipoacusia severa e 5) incapacidade ou recusa em fornecer consentimento informado. Um questionário estandardizado foi aplicado em entrevista clínica presencial, nas primeiras 12 a 72 horas de hospitalização.
Resultados: Foram incluídos 220 doentes, a maioria do sexo masculino (58,2%; n=128), com uma idade média de 68 anos. Desconheciam o seu diagnóstico de admissão (AVC ou AIT) 23% (n=51). A maioria dos doentes não identificou fatores de risco para DVC quando questionados diretamente. No entanto, quando confrontados com uma lista de fatores de risco possíveis, a dislipidemia (98%) e a hipertensão (97%) foram os mais frequentemente reconhecidos. Da amostra, 74% (n=163) considerava-se em risco de um novo evento cerebrovascular. Apesar de 85% (n=188) concordar que o risco de recorrência diminuiria com o controlo dos fatores de risco, apenas 66% (n=146) conhecia estratégias de prevenção.
Conclusão: Este estudo revelou um conhecimento sub-ótimo relativamente ao diagnóstico, fatores de risco e potencial de recorrência em doentes hospitalizados por DVC aguda. Assim, a implementação de estratégias de educação dos doentes é desejável para promover alterações do comportamento dos mesmos.

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Publicado

2024-05-06

Como Citar

1.
Teixeira-Vaz A, Tender Vieira J, Silva AI, Festas MJ, Pires J, Parada F. Sensibilização para o AVC: Uma Análise Transversal. SPMFR [Internet]. 6 de Maio de 2024 [citado 10 de Dezembro de 2024];36(1):8-14. Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/475

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