Osteoporose Após Lesão Medular: Relato de Caso

Autores

  • Pedro Carvalho Sá CMRRC - Rovisco Pais
  • Tiago Roseiro Serviço de Ortopedia, Hospital Distrital Figueira da Foz, Figueira da Foz, Portugal
  • Inês Ferro CMRRC - Rovisco Pais, Tocha, Portugal
  • Joana Martins Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Raquel Correia CMRRC - Rovisco Pais, Tocha, Portugal
  • Inês Campos CMRRC - Rovisco Pais, Tocha, Portugal
  • Filipe Carvalho CMRRC - Rovisco Pais, Tocha, Portugal
  • Paulo Margalho CMRRC - Rovisco Pais, Tocha, Portugal
  • Jorge Laíns CMRRC - Rovisco Pais, Tocha, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.412

Palavras-chave:

Lesoes da Medula Espinal/complicações, Osteoporose/etiologia

Resumo

A lesão medular (LM) é uma causa secundária de osteoporose. A perda de massa óssea após uma LM ocorre em todo o esqueleto com maior acometimento dos membros inferiores. Essa perda óssea é mais rápida nos primeiros 4 meses após uma lesão medular. Continua, no entanto, em menor grau, ao longo dos anos. Um paciente do sexo masculino de 56 anos que sofreu um acidente automobilístico em 1986 com uma fratura-luxação concomitante das vértebras C5-C6 da qual resultou uma LM - classificado como Tetraplegia B na American Spinal Cord Injury Association Scale (ASIA), com C4 como nível neurológico. O paciente foi internado num Centro de Reabilitação a 11 de maio de 2020 para uma reabilitação integral e multiprofissional. Em 22 de junho de 2020, o paciente apresentou crepitação na coxa esquerda após ter ouvido um “pop” durante a mobilização passiva do quadril. O especialista em reabilitação pediu uma radiografia. O paciente foi diagnosticado com uma fratura diafisária em espiral do femur esquerdo - fratura por fragilidade por osteoporose sublesional. Em 29 de junho o paciente foi submetido a redução aberta e fixação interna com haste longa anterógrada. O paciente voltou ao Centro de Reabilitação em 7 de julho, onde foi medicado com 70 mg de alendronato oral semanalmente. A 5 de agosto, as radiografias de controle não mostraram sinais de consolidação óssea. Até hoje, não há diretrizes para tratar a osteoporose após lesão medular. Existem estudos na fase aguda da LM, mas faltam evidências quando evolui para a cronicidade. Os bisfosfonatos são uma classe de osteoporose com perda óssea mediada por anti-osteoclastos que têm apresentado bons resultados na DMO, principalmente o alendronato oral, mas nenhum demonstrou diminuição do risco de fratura.

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Biografia Autor

Pedro Carvalho Sá, CMRRC - Rovisco Pais

Medicina Fìsica e de Reabilitação

Referências

Cirnigliaro CM, Myslinski MJ, La Fountaine MF, Kirshblum SC, Forrest GF, Bauman WA. Bone loss at the distal femur and proximal tibia in persons with spinal cord injury: imaging approaches, risk of fracture, and potential treatment options. Osteoporos Int. 2017; 28:747-65.

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Ficheiros Adicionais

Publicado

2021-07-13

Como Citar

1.
Sá PC, Roseiro T, Ferro I, Martins J, Correia R, Campos I, et al. Osteoporose Após Lesão Medular: Relato de Caso. SPMFR [Internet]. 13 de Julho de 2021 [citado 21 de Dezembro de 2024];33(2):95-7. Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/412

Edição

Secção

Caso Clínico

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