Enfarte Medular: Da Revisão Teórica à Prática Clínica
DOI:
https://doi.org/10.25759/spmfr.255Palavras-chave:
Avaliação da Incapacidade, Enfarte, Isquémia da Medula Espinhal/reabilitação, Medula EspinhalResumo
Introdução: A síndrome isquémica aguda da medula espinhal , ou enfarte medular, é uma entidade rara, com uma prevalência de 1-2% de todas as patologias isquémicas agudas do sistema nervoso central. Existem vários fatores que podem condicionar a perfusão sanguínea medular e em alguns casos a etiologia permanece desconhecida. Apresentamos dois casos clínicos, admitidos num internamento de Reabilitação, e comparamos o seu padrão e evolução clínica com os estudos mais recentes da literatura.
Caso Clínico: Uma mulher, de 55 anos, admitida por uma tetraplegia incompleta AIS (American Spinal Injury Association Impairment Scale) C nível neurológico único C8, por enfarte medular de etiologia desconhecida. O segundo caso aborda um homem, de 58 anos, que desenvolveu subitamente um quadro de tetraplegia incompleta AIS C nível neurológico único C6, após um enfarte cardíaco. Em ambos os casos, a ressonância magnética identificou lesões compatíveis com isquémia medular. Após reabilitação, ambos apresentaram uma boa evolução clínica e funcional. À alta encontravam-se independentes nas atividades de vida diária e faziam marcha de forma autónoma com auxiliares.
Discussão: A síndrome isquémica aguda da medula espinhal apresenta-se com variados padrões clínicos, dependendo do nível de lesão e do território vascular afetado. Os dois casos apresentam clínica sugestiva de enfarte da artéria espinhal anterior, e encontram-se em concordância com os achados mais recentes da literatura. Estes demonstram que o melhor fator de prognóstico é o grau de incapacidade à admissão, determinado pela classificação da American Spinal Injury Association Impairment Scale (AIS) Em termos de recuperação, as análises de casos confirmam que doentes submetidos a um programa de reabilitação holístico e individual apresentam uma boa evolução funcional.
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