Miastenia Gravis em Doente com Lesão Medular Crónica: Relato de Caso

Autores

  • Carolina Lourenço Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais
  • Adriana Pascoal Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais, Tocha, Portugal
  • Luís Gil Andrade Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais, Tocha, Portugal
  • Filipe Félix Morais Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais, Tocha, Portugal
  • Paulo Margalho Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais, Tocha, Portugal
  • Jorge Laíns Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais, Tocha, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.426

Palavras-chave:

Espasticidade Muscular, Lesão Medular, Miastenia Gravis, Toxina Botulínica Tipo A/uso terapêutico

Resumo

A miastenia gravis (MG) é uma doença autoimune adquirida caracterizada por fraqueza e fatigabilidade musculares flutuantes com agravamento vespertino. Este caso relata o raro surgimento de MG num doente com lesão medular prévia.

Homem, 50 anos, com tetraplegia AIS C nível neurológico C5 síndrome centro-medular de etiologia traumática, com bomba de baclofeno intratecal e necessidade de aplicação regular de toxina botulínica (TB) nos membros superiores por espasticidade severa. Inicia em agosto de 2018 queixas flutuantes de diplopia, cefaleias, disfagia, hipofonia e fraqueza muscular. Por suspeita de MG, em outubro de 2018, foi internado em Neurologia. Os exames realizados detetaram anticorpos anti-recetores de acetilcolina séricos e uma “resposta decremental significativa e reprodutível compatível com doença da junção neuromuscular pós- sinática” no teste de Estimulação Nervosa Repetitiva que confirmaram a suspeita diagnóstica. Iniciou tratamento com corticoterapia e imunoglobulina com melhoria. Sendo a TB agravante da sintomatologia da MG, não foi novamente aplicada, tendo-se verificado um agravamento da espasticidade.

Este caso relata a presença concomitante de duas entidades raras: lesão medular e MG. O facto de se tratar de uma lesão incompleta num doente com espasticidade severa, apresenta desafios adicionais a ambas as entidades e tornam este caso excecionalmente desafiante.

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Publicado

2023-04-05

Como Citar

1.
Lourenço C, Pascoal A, Andrade LG, Morais FF, Margalho P, Laíns J. Miastenia Gravis em Doente com Lesão Medular Crónica: Relato de Caso. SPMFR [Internet]. 5 de Abril de 2023 [citado 21 de Novembro de 2024];35(1):29-31. Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/426

Edição

Secção

Caso Clínico

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