Fampridina na Esclerose Múltipla – para além da marcha

Autores

  • Jonathan Rios Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro
  • José Luis Coelho Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro
  • Sara Estrela Rego Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro
  • Eduarda Afonso Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.243

Palavras-chave:

Esclerose Múltipla, Fampridina, Marcha, Equilíbrio

Resumo

Objetivos: É objetivo do estudo a avaliação do impacto da Fampridina na marcha, equilíbrio, nível funcional e perceção da capacidade de marcha em doentes com Esclerose Múltipla.

Material e Métodos: Estudo prospetivo, aberto, não controlado e não randomizado, em doentes com Esclerose Múltipla e EDSS entre 4,0-7,0 sob tratamento com Fampridina. Foram usados para a avaliação do impacto da Fampridina: Multiple Sclerosis Walking Scale 12 (MSWS-12), Timed 25-Foot Walk (T25FW), Timed Up and Go (TUG) e Escala de Equilíbrio de Berg (EEB). A análise estatística foi efetuada com um nível de significância estatística de p<0,05.

Resultados: Um total de 15 doentes (88,24%) foram considerados respondedores. O aumento do equilíbrio, velocidade da marcha e na perceção da capacidade para a marcha foram estatisticamente significativos com melhoria média de 19,08% (± 31,11) no T25FW (p=0,022), 19,20% (±26,13) na EEB (p=0,012), 35,97% (±34,93) no TUG (p=0,022) e 12,99% (±12,90) na MSWS-12 (p=0,016). Há uma correlação forte e estatisticamente significativa entre TUG e T25FW (r= 0,668, p= 0,017).

Conclusões: Os resultados preliminares mostram a potencialidade da Fampridina no aumento da velocidade da marcha, equilíbrio e perceção da capacidade da marcha em doentes com Esclerose Múltipla. São necessários estudos para caracterizar os preditores de eficácia de resposta e avaliação do potencial do fármaco noutros níveis funcionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Jonathan Rios, Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro

Médico Interno de Medicina Física e de Reabilitação do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro

José Luis Coelho, Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro

Fisioterapeuta do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro

Sara Estrela Rego, Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro

Médico Interno de Medicina Física e de Reabilitação do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro

Eduarda Afonso, Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro

Médica Assistente Graduada de Medicina Física e de Reabilitação do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar do Algarve – Unidade de Faro

Referências

Keune PM, Cocks AJ, Young WR, Burschka JM, Hansen S, Hofstadt-van Oy U, et al. Dynamic walking features and improved walking performance in multiple sclerosis patients treated with fampridine (4-aminopyridine). BMC Neurol. 2015 Sep 24;15:17

Blight AR, Henney HR, Cohen R. Development of dalfampridine, a novel pharmacologic approach for treating walking impairment in multiple sclerosis. Ann N Y Acad Sci. 2014 Nov; 1329:33-44

Dutta R, Trapp BD. Pathogenesis of axonal and neuronal damage in multiple sclerosis. Neurology. 2007 May, 68 (Suppl. 3): S22–S31

Rudick RA, Cutter G, Reingold S. The Multiple Sclerosis Functional Composite; a new clinical outcome measure for multiple sclerosis clinical trials. Mult Scler. 2002 Oct; 8: 359–65.

Dunn J. Impact of mobility impairment on the burden of caregiving in individuals with multiple sclerosis. Expert Rev. Pharmacoecon. Outcomes Res. 2010 Aug; 10(4): 433–40.

Pike J, Jones E, Rajagopalan K, Piercy J, Anderson P. Social and economic burden of walking and mobility problems in multiple sclerosis. BMC Neurol. 2012 Sep 18; 12:94.

Preiningerova JL, Baumhackl U, Csepany T, Czaplinski A, Deisenhammer F, Derfuss T, et al. Recommendations for the use of prolonged-release fampridine in patients with multiple sclerosis (MS). CNS Neurosci. Ther. 2013 May; 19(5): 302–6.

Dunn J, Blight A. Dalfampridine: a brief review of its mechanism of action and efficacy as a treatment to improve walking in patients with multiple sclerosis. Curr. Med. Res. Opin. 2011 Jul; 27(7): 1415–23.

Krishnan AV, Kiernan MC. Sustained-release fampridine and the role of ion channel dysfunction in multiple sclerosis. Mult Scler. 2013 Apr; 19(4): 385–91.

Jensen HB, Ravnborg M, Dalgas U, Stenager E. 4-Aminopyridine for symptomatic treatment of multiple sclerosis: a systematic review. Ther Adv Neurol Disord. 2014 Mar; 7(2): 97–113.

Chwieduk CM, Keating GM. Dalfampridine extended release: in multiple sclerosis, CNS Drugs. 2010 Oct; 24(10): 883–91.

Goodman AD, Brown TR, Edwards KR, Krupp LB, Schapiro RT, Cohen R, et al. A phase 3 trial of extended release oral dalfampridine in multiple sclerosis. Ann Neurol. 2010 Oct; 68(4): 494-502

Goodman AD, Brown TR, Krupp TR, Schapiro RT, Schwid SR, Cohen, et al. Sustained-release oral fampridine in multiple sclerosis: a randomised, double-blind, controlled trial. Lancet. 2009 Feb 28; 373(9665): 732-8.

Allart E, Benoit A, Blanchard-Dauphin A, Tiffreau V, Thevenon A, Zephir H, et al. Sustained-released fampridine in multiple sclerosis: effects on gait parameters, arm function, fatigue, and quality of life. J Neurol. 2015 Aug; 262(8): 1936-45

Pavsic K, Pelicon K, Ledinek AH, Sega S. Short-term impact of fampridine on motor and cognitive functions, mood and quality of life among multiple sclerosis patients. Clin Neurol Neurosurg. 2015 Dec;139:35-40

Ruck T, Bittner S, Simon OJ, Göbel K, Wiendl H, Schilling M, et al., Long-term effects of dalfampridine in patients with multiple sclerosis, J. Neurol Sci. 2014 Feb 15; 337(1–2): 18–24.

Goodman AD, Bethoux F, Brown TR, Schapiro RT, Cohen R, Marinucci LN, et al. Long-term safety and efficacy of dalfampridine for walking impairment in patients with multiple sclerosis: results of open-label extensions of two phase 3 clinical trials. Mult Scler. 2015 Sep; 21(10): 1322-31.

Rossini PM, Pasqualetti P, Pozzilli C, Grasso MG, Millefiorini E, Graceffa A, et al., Fatigue in progressive multiple sclerosis: results of a randomized, double-blind, placebo-controlled, crossover trial of oral 4-aminopyridine, Mult Scler. 2001 Dec; 7(6): 354–358.

Jensen HB, Ravnborg M, Mamoei S, Dalgas U, Stenager U. Changes in cognition, arm function and lower body function after slow-release fampridine treatment. Mult Scler. 2014 Dec; 20(14): 1872-8.

Hupperts R, Lycke J, Short C, Gasperini C, McNeill M, Medori R, et al. Prolonged-release fampridine and walking and balance in MS: randomized controlled MOBILE trial. Mult Scler. 2016 Feb;22(2):212-21.

Khan F, Turner-Stokes L, Ng L, Kilpatrick T. Multidisciplinary rehabilitation for adults with multiple sclerosis. Cochrane Database Syst Rev. 2007 Apr 18; (2): CD006036

McDonald WI, Compston A, Edan G, Goodkin D, Hartung HP, Lublin FD, et al. Recommended diagnostic criteria for multiple sclerosis: guidelines from the international panel on the diagnosis of multiple sclerosis. Ann Neurol. 2001 Jul; 50(1): 121–7.

Publicado

2017-12-29

Como Citar

1.
Rios J, Coelho JL, Rego SE, Afonso E. Fampridina na Esclerose Múltipla – para além da marcha. SPMFR [Internet]. 29 de Dezembro de 2017 [citado 23 de Fevereiro de 2025];29(2). Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/243

Edição

Secção

Artigo original

Artigos Similares

<< < 1 2 3 4 > >> 

Também poderá iniciar uma pesquisa avançada de similaridade para este artigo.