Capsulite Adesiva em Profissional de Saúde Após Vacinação para COVID-19 (SIRVA)
DOI :
https://doi.org/10.25759/spmfr.440Mots-clés :
Bursite/etiologia, Bursite/tratamento, Lesões do Ombro/etiologia, Vacinas contra COVID-19Résumé
As lesões do ombro associadas à administração de vacina (SIRVA, do inglês shoulder injury related to vaccine administration) são eventos raros e que podem simular múltiplos diagnósticos, como bursite, rutura muscular, capsulite adesiva, lesão condral, lesão nervosa e infeção.
Os autores descrevem o caso de uma enfermeira de 39 anos, que desenvolveu omalgia esquerda intensa após inoculação com a segunda dose da vacina para COVID-19. Recorreu a consulta de Medicina do Trabalho após quatro semanas de agravamento do quadro clínico, sendo encaminhada para consulta de Medicina Física e de Reabilitação. Apresentou ao exame objetivo dor à mobilização do ombro esquerdo e perda de mobilidade, e foi realizado o diagnóstico de capsulite adesiva. Foi realizado bloqueio ecoguiado do nervo supra-escapular e hidrodistensão da cápsula articular, com alívio sintomático após os procedimentos executados. Iniciou posteriormente sessões de fisioterapia que ainda mantém atualmente.
O correto posicionamento anatómico da agulha bem como a escolha do seu comprimento são essenciais para prevenir este tipo de lesões, uma vez que inoculações mais profundas podem contribuir para a resposta imune ao material injetado. É igualmente imprescindível o alerta e formação dos profissionais de saúde responsáveis pela administração de vacinas, de forma a proceder ao rápido diagnóstico e tratamento adequado.
Téléchargements
Références
Ryan T. 2011 Institute of Medicine (IOM) Report generated Proposals for Updates to the Vaccine Injury Table [consultado em Agosro de 2021]. Disponível em: https://www.hrsa.gov/sites/default/files/advisorycommittees /vaccines/2011/Dec%208-9/20111209-mmrreportsirva.pdf
Atanasoff S, Ryan T, Lightfoot R, Johann-Liang R. Shoulder injury related to vaccine administration (SIRVA). Vaccine. 2010; 28: 8049-8052. doi: 10.1016/j.vaccine.2010.10.005
Bancsi A, Houle S and Grindrod K. Shoulder injury related to vaccine administration and other injection site events. Can Fam Physician. 2019; 65: 40-2.
Saleh Z, Faruqui S, Foad A. Onset of frozen shoulder following pneumococcal and influenza vaccinations. J Chiropr Med. 2015; 14:285- 289. doi: 10.1016/j.jcm.2015.05.005
Ko J, Wang F. Rotator cuff lesions with shoulder stiffness: updated pathomechanisms and management. Chang Gung Med J. 2011; 34: 331-40.
DGS. Direção Geral da Saúde. Covid-19. [Internet]. [consultado Agosro de 2021]. Disponível em: https://covid19.min-saude.pt/
Cagle P. Lesão de ombro após a vacinação: uma revisão sistemática. Rev Bras Ortop. 2021; 56: 299-306. doi: 10.1055/s-0040-1719086
Cook I, Williamson M, Pond D. Definition of needle length required for intramuscular deltoid injection in elderly adults: an ultrasonographic study. Vaccine. 2006; 24:937-40. doi: 10.1016/j.vaccine.2005.08.098
Zuckerman J. The importance of injecting vaccines into muscle. Different patients need different needle sizes. BMJ. 2000; 321: 1237-8. doi: 10.1136/bmj.321.7271.1237
Cook IF. An evidence based protocol for the prevention of upper arm injury related to vaccine administration (UAIRVA). Hum Vaccines. 2011;7:845-8. doi: 10.4161/ hv.7.8.16271
Batra S, Page B. Shoulder injury related to vaccine administration. Case series of an emerging occupational health concern. Workplace Health Saf. 2021; 69: 68-72: doi: 10.1177/2165079920952765
Jasin H. Mechanism of trapping of immune complexes in joint collagenous tissues. Clin Exp Immunol. 1975; 22: 473-85.
Messerschmitt P, Abdul-Karim F, Iannotti J, Gobezie R. Progressive osteolysis and surface chondrolysis of the proximal humerus following influenza vaccination. Orthopedics. 2012; 35: e283–6. doi: 10.3928/ 01477447-20120123-26
Degreef I, Debeer P. Post-vaccination frozen shoulder syndrome. Report of 3 cases. Acta Chir Belg. 2012; 112:447–9.doi: 10.1080/00015458.2012. 11680872
Dias R, Cutts S, Massoud S. Frozen shoulder. BMJ. 2005; 331:1453-6. doi: 10.1136/bmj.331.7530.1453
Le H, Lee S, Nazarian A, Rodriguez E. Adhesive capsulitis of the shoulder: review of pathophysiology and current clinical treatments. Shoulder Elbow. 2017; 9: 75-84. doi: 10.1177/1758573216676786
Yang S, Park D, Ahn S, Kim J, Lee J, Han J, et al. Prevalence and risk factors of adhesive capsulitis of the shoulder after breast cancer treatment. Support Care Cancer. 2017;25:1317-22. doi: 10.1007/s00520-016-3532-4..
Sarasua S, Floyd S, Bridges W, Pill S. The epidemiology and etiology of adhesive capsulitis in the U.S. Medicare population. BMC Musculoskelet Disord. 2021;22: 828. doi:10.1186/s12891-021-04704-9
van de Laar S, van der Zwaal P. Management of the frozen shoulder. Orthop Res Rev. 2014; 6: 81-90.doi: 10.2147/ORR.S71115
Carette S, Moffet H, Tardif J, Bessette L, Morin F, Fremont P, et al. Intra- articular corticosteroids, supervised physiotherapy or a combination of the two in the treatment of adhesive capsulitis of the shoulder: a placebo controlled trial. Arthritis Rheum. 2003; 48: 829-38. doi: 10.1002/art.10954
Dahan T, Fortin L, Pelletier M, Petit M, Vadeboncoeur R, Suissa S. Double blind randomized clinical trial examining the efficacy of bupivacaine suprascapular nerve blocks in frozen shoulder. J Rheumatol. 2000; 27:1329-31.
Haughton D, Barton S, Meenan E, Mehan R, Wykes P, Warner J, et al. Can we improve the outcome of hydrodilatation for adhesive capsulitis? Shoulder Elbow. 2018; 10: 93-8. doi: 10.1177/1758573217706199
Carvalho J, Borges G. Hidrodistensão ecoguiada no tratamento da capsulite adesiva, uma arma terapêutica do fisiatra: estudo prospectivo. Rev Soc Port Med Fis Reabil. 2017; 29: 8-15. doi:10.25759/spmfr.223
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Os manuscritos devem ser acompanhados de declaração de originalidade, Autoria e de cedência dos direitos de propriedade do artigo, assinada por todos os Autores.
Quando o artigo é aceite para publicação é obrigatória a submissão de um documento digitalizado, assinado por todos os Autores, com a partilha dos direitos de Autor entre Autores e a Revista SPMFR, conforme minuta:
Declaração Copyright
Ao Editor-chefe da Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação
O(s) Autor(es) certifica(m) que o manuscrito intitulado:
____________________________________________________________________ (ref.Revista da SPMFR_________) é original, que todas as afirmações apresentadas como factos são baseados na investigação do(s) Autor(es), que o manuscrito, quer em parte quer no todo, não infringe nenhum copyright e não viola nenhum direito da privacidade, que não foi publicado em parte ou no todo e que não foi submetido para publicação, no todo ou em parte, noutra revista, e que os Autores têm o direito ao copyright.
Todos os Autores declaram ainda que participaram no trabalho, se responsabilizam por ele e que não existe, da parte de qualquer dos Autores conflito de interesses nas afirmações proferidas no trabalho.
Os Autores, ao submeterem o trabalho para publicação, partilham com a Revista da SPMFR todos os direitos a interesses do copyright do artigo.
Todos os Autores devem assinar
Data:
Nome(maiúsculas)
Assinatura
Relativamente à utilização por terceiros a Revista da SPMFR rege-se pelos termos da licença Creative Commons “Atribuição – uso Não-Comercial – Proibição de Realização de Obras derivadas (by-nc-nd)”.
Após publicação na Revista SPMFR, os Autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados.
OS AUTORES DEVERÃO SUBMETER UMA DECLARAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO / CONTRIBUTORSHIP STATEMENT INDICANDO O TIPO DE PARTICIPAÇÃO DE CADA AUTOR NO ARTIGO. Mais informações: https://authors.bmj.com/policies/bmj-policy-on-authorship/