Fampridina na Esclerose Múltipla – para além da marcha
DOI :
https://doi.org/10.25759/spmfr.243Mots-clés :
Esclerose Múltipla, Fampridina, Marcha, EquilíbrioRésumé
Objetivos: É objetivo do estudo a avaliação do impacto da Fampridina na marcha, equilíbrio, nível funcional e perceção da capacidade de marcha em doentes com Esclerose Múltipla.
Material e Métodos: Estudo prospetivo, aberto, não controlado e não randomizado, em doentes com Esclerose Múltipla e EDSS entre 4,0-7,0 sob tratamento com Fampridina. Foram usados para a avaliação do impacto da Fampridina: Multiple Sclerosis Walking Scale 12 (MSWS-12), Timed 25-Foot Walk (T25FW), Timed Up and Go (TUG) e Escala de Equilíbrio de Berg (EEB). A análise estatística foi efetuada com um nível de significância estatística de p<0,05.
Resultados: Um total de 15 doentes (88,24%) foram considerados respondedores. O aumento do equilíbrio, velocidade da marcha e na perceção da capacidade para a marcha foram estatisticamente significativos com melhoria média de 19,08% (± 31,11) no T25FW (p=0,022), 19,20% (±26,13) na EEB (p=0,012), 35,97% (±34,93) no TUG (p=0,022) e 12,99% (±12,90) na MSWS-12 (p=0,016). Há uma correlação forte e estatisticamente significativa entre TUG e T25FW (r= 0,668, p= 0,017).
Conclusões: Os resultados preliminares mostram a potencialidade da Fampridina no aumento da velocidade da marcha, equilíbrio e perceção da capacidade da marcha em doentes com Esclerose Múltipla. São necessários estudos para caracterizar os preditores de eficácia de resposta e avaliação do potencial do fármaco noutros níveis funcionais.
Téléchargements
Références
Keune PM, Cocks AJ, Young WR, Burschka JM, Hansen S, Hofstadt-van Oy U, et al. Dynamic walking features and improved walking performance in multiple sclerosis patients treated with fampridine (4-aminopyridine). BMC Neurol. 2015 Sep 24;15:17
Blight AR, Henney HR, Cohen R. Development of dalfampridine, a novel pharmacologic approach for treating walking impairment in multiple sclerosis. Ann N Y Acad Sci. 2014 Nov; 1329:33-44
Dutta R, Trapp BD. Pathogenesis of axonal and neuronal damage in multiple sclerosis. Neurology. 2007 May, 68 (Suppl. 3): S22–S31
Rudick RA, Cutter G, Reingold S. The Multiple Sclerosis Functional Composite; a new clinical outcome measure for multiple sclerosis clinical trials. Mult Scler. 2002 Oct; 8: 359–65.
Dunn J. Impact of mobility impairment on the burden of caregiving in individuals with multiple sclerosis. Expert Rev. Pharmacoecon. Outcomes Res. 2010 Aug; 10(4): 433–40.
Pike J, Jones E, Rajagopalan K, Piercy J, Anderson P. Social and economic burden of walking and mobility problems in multiple sclerosis. BMC Neurol. 2012 Sep 18; 12:94.
Preiningerova JL, Baumhackl U, Csepany T, Czaplinski A, Deisenhammer F, Derfuss T, et al. Recommendations for the use of prolonged-release fampridine in patients with multiple sclerosis (MS). CNS Neurosci. Ther. 2013 May; 19(5): 302–6.
Dunn J, Blight A. Dalfampridine: a brief review of its mechanism of action and efficacy as a treatment to improve walking in patients with multiple sclerosis. Curr. Med. Res. Opin. 2011 Jul; 27(7): 1415–23.
Krishnan AV, Kiernan MC. Sustained-release fampridine and the role of ion channel dysfunction in multiple sclerosis. Mult Scler. 2013 Apr; 19(4): 385–91.
Jensen HB, Ravnborg M, Dalgas U, Stenager E. 4-Aminopyridine for symptomatic treatment of multiple sclerosis: a systematic review. Ther Adv Neurol Disord. 2014 Mar; 7(2): 97–113.
Chwieduk CM, Keating GM. Dalfampridine extended release: in multiple sclerosis, CNS Drugs. 2010 Oct; 24(10): 883–91.
Goodman AD, Brown TR, Edwards KR, Krupp LB, Schapiro RT, Cohen R, et al. A phase 3 trial of extended release oral dalfampridine in multiple sclerosis. Ann Neurol. 2010 Oct; 68(4): 494-502
Goodman AD, Brown TR, Krupp TR, Schapiro RT, Schwid SR, Cohen, et al. Sustained-release oral fampridine in multiple sclerosis: a randomised, double-blind, controlled trial. Lancet. 2009 Feb 28; 373(9665): 732-8.
Allart E, Benoit A, Blanchard-Dauphin A, Tiffreau V, Thevenon A, Zephir H, et al. Sustained-released fampridine in multiple sclerosis: effects on gait parameters, arm function, fatigue, and quality of life. J Neurol. 2015 Aug; 262(8): 1936-45
Pavsic K, Pelicon K, Ledinek AH, Sega S. Short-term impact of fampridine on motor and cognitive functions, mood and quality of life among multiple sclerosis patients. Clin Neurol Neurosurg. 2015 Dec;139:35-40
Ruck T, Bittner S, Simon OJ, Göbel K, Wiendl H, Schilling M, et al., Long-term effects of dalfampridine in patients with multiple sclerosis, J. Neurol Sci. 2014 Feb 15; 337(1–2): 18–24.
Goodman AD, Bethoux F, Brown TR, Schapiro RT, Cohen R, Marinucci LN, et al. Long-term safety and efficacy of dalfampridine for walking impairment in patients with multiple sclerosis: results of open-label extensions of two phase 3 clinical trials. Mult Scler. 2015 Sep; 21(10): 1322-31.
Rossini PM, Pasqualetti P, Pozzilli C, Grasso MG, Millefiorini E, Graceffa A, et al., Fatigue in progressive multiple sclerosis: results of a randomized, double-blind, placebo-controlled, crossover trial of oral 4-aminopyridine, Mult Scler. 2001 Dec; 7(6): 354–358.
Jensen HB, Ravnborg M, Mamoei S, Dalgas U, Stenager U. Changes in cognition, arm function and lower body function after slow-release fampridine treatment. Mult Scler. 2014 Dec; 20(14): 1872-8.
Hupperts R, Lycke J, Short C, Gasperini C, McNeill M, Medori R, et al. Prolonged-release fampridine and walking and balance in MS: randomized controlled MOBILE trial. Mult Scler. 2016 Feb;22(2):212-21.
Khan F, Turner-Stokes L, Ng L, Kilpatrick T. Multidisciplinary rehabilitation for adults with multiple sclerosis. Cochrane Database Syst Rev. 2007 Apr 18; (2): CD006036
McDonald WI, Compston A, Edan G, Goodkin D, Hartung HP, Lublin FD, et al. Recommended diagnostic criteria for multiple sclerosis: guidelines from the international panel on the diagnosis of multiple sclerosis. Ann Neurol. 2001 Jul; 50(1): 121–7.
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Os manuscritos devem ser acompanhados de declaração de originalidade, Autoria e de cedência dos direitos de propriedade do artigo, assinada por todos os Autores.
Quando o artigo é aceite para publicação é obrigatória a submissão de um documento digitalizado, assinado por todos os Autores, com a partilha dos direitos de Autor entre Autores e a Revista SPMFR, conforme minuta:
Declaração Copyright
Ao Editor-chefe da Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação
O(s) Autor(es) certifica(m) que o manuscrito intitulado:
____________________________________________________________________ (ref.Revista da SPMFR_________) é original, que todas as afirmações apresentadas como factos são baseados na investigação do(s) Autor(es), que o manuscrito, quer em parte quer no todo, não infringe nenhum copyright e não viola nenhum direito da privacidade, que não foi publicado em parte ou no todo e que não foi submetido para publicação, no todo ou em parte, noutra revista, e que os Autores têm o direito ao copyright.
Todos os Autores declaram ainda que participaram no trabalho, se responsabilizam por ele e que não existe, da parte de qualquer dos Autores conflito de interesses nas afirmações proferidas no trabalho.
Os Autores, ao submeterem o trabalho para publicação, partilham com a Revista da SPMFR todos os direitos a interesses do copyright do artigo.
Todos os Autores devem assinar
Data:
Nome(maiúsculas)
Assinatura
Relativamente à utilização por terceiros a Revista da SPMFR rege-se pelos termos da licença Creative Commons “Atribuição – uso Não-Comercial – Proibição de Realização de Obras derivadas (by-nc-nd)”.
Após publicação na Revista SPMFR, os Autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados.
OS AUTORES DEVERÃO SUBMETER UMA DECLARAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO / CONTRIBUTORSHIP STATEMENT INDICANDO O TIPO DE PARTICIPAÇÃO DE CADA AUTOR NO ARTIGO. Mais informações: https://authors.bmj.com/policies/bmj-policy-on-authorship/