Dor lombar crónica e fadiga: um estudo clínico na população Portuguesa

Auteurs

  • Marta Fraga Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
  • João Páscoa Pinheiro Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Joana Santos Costa Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Susana Ramos Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra
  • Luísa Pedro Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa

DOI :

https://doi.org/10.25759/spmfr.186

Mots-clés :

dor lombar crónica, fadiga, incapacidade, função

Résumé

A dor lombar crónica determina um elevado nível de incapacidade sendo atualmente um problema de Saúde Pública que afeta uma grande percentagem da população ativa na Europa. A fadiga, embora subjetiva e complexa, parece ser um dos principais sintomas dos doentes com dor lombar crónica. A prevalência e a patogenia da fadiga não estão completamente esclarecidas, porém sabe-se que a fadiga interfere de forma decisiva na percepção de bem-estar e na qualidade de vida. Este estudo pretende avaliar a prevalência da fadiga em doentes com dor lombar crónica não específica e o seu impacto na funcionalidade.

Estudo clínico, transversal não-randomizado, em 30 adultos portugueses com dor lombar crónica que incluiu a aplicação dos seguintes instrumentos: Questionário de Caracterização Individual, Escala Visual Analógica para Dor, Escala de Impacto da Fadiga e Questionário de Roland e Morris.

Verificou-se uma duração longa da dor (média de 10.6 anos) e valor moderado a alto de incapacidade na população estudada. Constatou-se uma relação estatisticamente significativa entre intensidade da dor e fadiga (p≤0.05) e entre fadiga e incapacidade (p≤0.001).

A fadiga é um sintoma prevalente nos doentes com dor lombar crónica e está associada à intensidade da dor e à incapacidade. Este facto realça a necessidade de uma abordagem clínica do elemento nociceptivo, entendido como gerador de limitação à atividade e à participação. Sublinha também a necessidade de um programa de reabilitação funcional que identifique e aborde de forma objectiva as variáveis dor, fadiga e função.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

Fraga M. Prevalência de fadiga na dor lombar crónica não específica. Monografia na Faculdade de Medicina – Universidade de Coimbra. 2015.

Loney P et al. The prevalence of low back pain in adults: a methodological review of the literature. Phys Ther. 1999; 79(4):384-96.

Frank J et al. Disability resulting from occupational low back pain. What do we know about primary prevention? A review of the scientific evidence on prevention before disability begin. Spine. 1996; 21:2908-2917.

Rubin D. Epidemiology and risk factors for spine pain. Neurol Clin. 2007;25(2):353-371.

Croft P, Rigby AS, Boswell R, Schollum J, Silman A. The prevalence of chronic widespread pain in the general population. J Rheumatol. 1993;20(4):710-713.

Freburger JK, Holmes GM, Agans RP, et al. The rising prevalence of chronic low back pain. Arch Intern Med. 2009;169(3):251-258.

Castro-Lopes J, PhD, Saramago P, MD, Romão J, MD, Macário Paiva MdL, MD. Pain Proposal. A Dor crónica em Portugal. 2010.

Biering-Sorensen F. Low back trouble in a general population of 30, 40, 50, and 60-year-old men and women: study design, representative years, and basic results. Dan Med Bull. 1982;29:289 –299.

29 Hillman M et al. Prevalence of low back pain in the community: implication for service provision in Bradford, United Kingdom. J Epidemiol Community Health. 1996;50:347–352.

Cassidy J et al. The Saskatchewan Health and Back Pain Survey: the prevalence of low back pain and related disability in Saskatchewan adults. Spine. 1998;23:1860 –1867.

Deyo RA, Tsui-Wu Y. Descriptive epidemiology of low-back pain and its related medical care in the United States. Spine. 1987;12:264 –268.

Lee P et al. Epidemiology of musculoskeletal disorders (complaints) and related disability in Canada. J Rheumatol. 1985;12:1169 –1173.

Walker B. The prevalence of low back pain: a systematic review of the literature from 1966 to 1998. Spinal Disord. 2000;13(3):205-17.

Volinn E . The epidemiology of low back pain in the rest of the world. A review of surveys in low and middle-income countries. Spine. 1997;1,22(15):1747-54.

Barrero T et al. Prevalence and physical determinants of low back pain in a rural Chinese population. Spine. 2006; 1;31(23):2728-34.

Bakker E. et al. Spinal mechanical load as a risk factor for low back pain: a systematic review of prospective cohort studies. Spine. 2009; 8:15;34.

Chen S et al. Sedentary lifestyle as a risk factor for low back pain: a systematic review Int Arch Occup Environ Health. 2009;82(7):797-806

Dittner A et al. The assessment of fatigue: a practical guide for clinicians and researchers. J Psychosom Res.2004;56(2):157-170.

Fishbain D et al. Are patients with chronic low back pain or chronic neck pain fatigued? Pain Med. 2004;5(2):187-195.

Salvetti Mde G. et al. Prevalence of fatigue and associated factors in chronic low back pain patients. Rev Lat Am Enfermagem. 2013;21 Spec No:12-9.

Plass H. et al. Physical activity and low back pain: the role of subgroups based on the avoidance-endurance model. Disabil Rehabil. 2014;36(9):749-55.

Snekkevik H et al. Fatigue and depression in sick-listed chronic low back pain patients. Pain Med. 2014;15(7):1163-70.

Antcliff D. Assessing the Psychometric Properties of an Activity Pacing Questionnaire for Chronic Pain and Fatigue. Phys Ther. 2015; 23.

Fisk J et al. The impact of fatigue on patients with multiple sclerosis. Can J Neurol Sci.1994;21(1):9-14.

Feuerstein M et al. A prospective analysis of stress and fatigue in recurrent low back pain. Pain. 1987;31:333-344.

Kovacs F et al. The transition from acute to subacute and chronic low back pain: a study based on determinants of quality of life and prediction of chronic disability. Spine. 2005;30(15):1786-1792.

Feuerstein M et al. Biobehavioral factors affecting pain and disability in low back pain: mechanisms and assessment. Phys Ther.1995;75(4):267-280.

Meeus M et al. Reduced pressure pain thresholds in response to exercise in chronic fatigue syndrome but not in chronic low back pain: an experimental study. J Rehabil Med. 2010; 42(9):884-90.

Pinheiro J, Figueiredo P, Branco J, Ramos S, Ferreira L. Dor lombar crónica inespecífica e função estudo clínico no âmbito de uma consulta de medicina física e de reabilitação. Acta med port 2011; 24(s2): 287-292

Fisk, JD., Doble, SE. Construction and validation of a fatigue impact scale for daily administration (D-FIS). Quality of Life Research, 2002; 11, 263–272

Monteiro J, Faísca L, Nunes O, Hipólito J. [Roland Morris disability questionnaire - adaptation and validation for the Portuguese speaking patients with back pain]. Acta Med Port. 2010 Sep-Oct 2010;23(5):761-766.

Cunha L, Mayrink W. Influência da dor crônica na qualidade de vida em idosos. Rev Dor. 2011;12(2):120-4.

Livro Branco de Medicina Física e de Reabilitação na Europa. Secção de Medicina Física e de Reabilitação da Union Européenne des Médecins Spécialistes (UEMS) e Académie Européenne de Médecine de Réadaptation. 2009

Publiée

2016-01-29

Comment citer

1.
Fraga M, Pinheiro JP, Costa JS, Ramos S, Pedro L. Dor lombar crónica e fadiga: um estudo clínico na população Portuguesa. SPMFR [Internet]. 29 janv. 2016 [cité 23 févr. 2025];28(2). Disponible sur: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/186

Numéro

Rubrique

Artigo original

Articles similaires

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Vous pouvez également Lancer une recherche avancée de similarité pour cet article.