Dor lombar crónica e fadiga: um estudo clínico na população Portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.25759/spmfr.186Palavras-chave:
dor lombar crónica, fadiga, incapacidade, funçãoResumo
A dor lombar crónica determina um elevado nível de incapacidade sendo atualmente um problema de Saúde Pública que afeta uma grande percentagem da população ativa na Europa. A fadiga, embora subjetiva e complexa, parece ser um dos principais sintomas dos doentes com dor lombar crónica. A prevalência e a patogenia da fadiga não estão completamente esclarecidas, porém sabe-se que a fadiga interfere de forma decisiva na percepção de bem-estar e na qualidade de vida. Este estudo pretende avaliar a prevalência da fadiga em doentes com dor lombar crónica não específica e o seu impacto na funcionalidade.
Estudo clínico, transversal não-randomizado, em 30 adultos portugueses com dor lombar crónica que incluiu a aplicação dos seguintes instrumentos: Questionário de Caracterização Individual, Escala Visual Analógica para Dor, Escala de Impacto da Fadiga e Questionário de Roland e Morris.
Verificou-se uma duração longa da dor (média de 10.6 anos) e valor moderado a alto de incapacidade na população estudada. Constatou-se uma relação estatisticamente significativa entre intensidade da dor e fadiga (p≤0.05) e entre fadiga e incapacidade (p≤0.001).
A fadiga é um sintoma prevalente nos doentes com dor lombar crónica e está associada à intensidade da dor e à incapacidade. Este facto realça a necessidade de uma abordagem clínica do elemento nociceptivo, entendido como gerador de limitação à atividade e à participação. Sublinha também a necessidade de um programa de reabilitação funcional que identifique e aborde de forma objectiva as variáveis dor, fadiga e função.Downloads
Referências
Fraga M. Prevalência de fadiga na dor lombar crónica não específica. Monografia na Faculdade de Medicina – Universidade de Coimbra. 2015.
Loney P et al. The prevalence of low back pain in adults: a methodological review of the literature. Phys Ther. 1999; 79(4):384-96.
Frank J et al. Disability resulting from occupational low back pain. What do we know about primary prevention? A review of the scientific evidence on prevention before disability begin. Spine. 1996; 21:2908-2917.
Rubin D. Epidemiology and risk factors for spine pain. Neurol Clin. 2007;25(2):353-371.
Croft P, Rigby AS, Boswell R, Schollum J, Silman A. The prevalence of chronic widespread pain in the general population. J Rheumatol. 1993;20(4):710-713.
Freburger JK, Holmes GM, Agans RP, et al. The rising prevalence of chronic low back pain. Arch Intern Med. 2009;169(3):251-258.
Castro-Lopes J, PhD, Saramago P, MD, Romão J, MD, Macário Paiva MdL, MD. Pain Proposal. A Dor crónica em Portugal. 2010.
Biering-Sorensen F. Low back trouble in a general population of 30, 40, 50, and 60-year-old men and women: study design, representative years, and basic results. Dan Med Bull. 1982;29:289 –299.
29 Hillman M et al. Prevalence of low back pain in the community: implication for service provision in Bradford, United Kingdom. J Epidemiol Community Health. 1996;50:347–352.
Cassidy J et al. The Saskatchewan Health and Back Pain Survey: the prevalence of low back pain and related disability in Saskatchewan adults. Spine. 1998;23:1860 –1867.
Deyo RA, Tsui-Wu Y. Descriptive epidemiology of low-back pain and its related medical care in the United States. Spine. 1987;12:264 –268.
Lee P et al. Epidemiology of musculoskeletal disorders (complaints) and related disability in Canada. J Rheumatol. 1985;12:1169 –1173.
Walker B. The prevalence of low back pain: a systematic review of the literature from 1966 to 1998. Spinal Disord. 2000;13(3):205-17.
Volinn E . The epidemiology of low back pain in the rest of the world. A review of surveys in low and middle-income countries. Spine. 1997;1,22(15):1747-54.
Barrero T et al. Prevalence and physical determinants of low back pain in a rural Chinese population. Spine. 2006; 1;31(23):2728-34.
Bakker E. et al. Spinal mechanical load as a risk factor for low back pain: a systematic review of prospective cohort studies. Spine. 2009; 8:15;34.
Chen S et al. Sedentary lifestyle as a risk factor for low back pain: a systematic review Int Arch Occup Environ Health. 2009;82(7):797-806
Dittner A et al. The assessment of fatigue: a practical guide for clinicians and researchers. J Psychosom Res.2004;56(2):157-170.
Fishbain D et al. Are patients with chronic low back pain or chronic neck pain fatigued? Pain Med. 2004;5(2):187-195.
Salvetti Mde G. et al. Prevalence of fatigue and associated factors in chronic low back pain patients. Rev Lat Am Enfermagem. 2013;21 Spec No:12-9.
Plass H. et al. Physical activity and low back pain: the role of subgroups based on the avoidance-endurance model. Disabil Rehabil. 2014;36(9):749-55.
Snekkevik H et al. Fatigue and depression in sick-listed chronic low back pain patients. Pain Med. 2014;15(7):1163-70.
Antcliff D. Assessing the Psychometric Properties of an Activity Pacing Questionnaire for Chronic Pain and Fatigue. Phys Ther. 2015; 23.
Fisk J et al. The impact of fatigue on patients with multiple sclerosis. Can J Neurol Sci.1994;21(1):9-14.
Feuerstein M et al. A prospective analysis of stress and fatigue in recurrent low back pain. Pain. 1987;31:333-344.
Kovacs F et al. The transition from acute to subacute and chronic low back pain: a study based on determinants of quality of life and prediction of chronic disability. Spine. 2005;30(15):1786-1792.
Feuerstein M et al. Biobehavioral factors affecting pain and disability in low back pain: mechanisms and assessment. Phys Ther.1995;75(4):267-280.
Meeus M et al. Reduced pressure pain thresholds in response to exercise in chronic fatigue syndrome but not in chronic low back pain: an experimental study. J Rehabil Med. 2010; 42(9):884-90.
Pinheiro J, Figueiredo P, Branco J, Ramos S, Ferreira L. Dor lombar crónica inespecífica e função estudo clínico no âmbito de uma consulta de medicina física e de reabilitação. Acta med port 2011; 24(s2): 287-292
Fisk, JD., Doble, SE. Construction and validation of a fatigue impact scale for daily administration (D-FIS). Quality of Life Research, 2002; 11, 263–272
Monteiro J, Faísca L, Nunes O, Hipólito J. [Roland Morris disability questionnaire - adaptation and validation for the Portuguese speaking patients with back pain]. Acta Med Port. 2010 Sep-Oct 2010;23(5):761-766.
Cunha L, Mayrink W. Influência da dor crônica na qualidade de vida em idosos. Rev Dor. 2011;12(2):120-4.
Livro Branco de Medicina Física e de Reabilitação na Europa. Secção de Medicina Física e de Reabilitação da Union Européenne des Médecins Spécialistes (UEMS) e Académie Européenne de Médecine de Réadaptation. 2009
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Os manuscritos devem ser acompanhados de declaração de originalidade, Autoria e de cedência dos direitos de propriedade do artigo, assinada por todos os Autores.
Quando o artigo é aceite para publicação é obrigatória a submissão de um documento digitalizado, assinado por todos os Autores, com a partilha dos direitos de Autor entre Autores e a Revista SPMFR, conforme minuta:
Declaração Copyright
Ao Editor-chefe da Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação
O(s) Autor(es) certifica(m) que o manuscrito intitulado:
____________________________________________________________________ (ref.Revista da SPMFR_________) é original, que todas as afirmações apresentadas como factos são baseados na investigação do(s) Autor(es), que o manuscrito, quer em parte quer no todo, não infringe nenhum copyright e não viola nenhum direito da privacidade, que não foi publicado em parte ou no todo e que não foi submetido para publicação, no todo ou em parte, noutra revista, e que os Autores têm o direito ao copyright.
Todos os Autores declaram ainda que participaram no trabalho, se responsabilizam por ele e que não existe, da parte de qualquer dos Autores conflito de interesses nas afirmações proferidas no trabalho.
Os Autores, ao submeterem o trabalho para publicação, partilham com a Revista da SPMFR todos os direitos a interesses do copyright do artigo.
Todos os Autores devem assinar
Data:
Nome(maiúsculas)
Assinatura
Relativamente à utilização por terceiros a Revista da SPMFR rege-se pelos termos da licença Creative Commons “Atribuição – uso Não-Comercial – Proibição de Realização de Obras derivadas (by-nc-nd)”.
Após publicação na Revista SPMFR, os Autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados.
OS AUTORES DEVERÃO SUBMETER UMA DECLARAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO / CONTRIBUTORSHIP STATEMENT INDICANDO O TIPO DE PARTICIPAÇÃO DE CADA AUTOR NO ARTIGO. Mais informações: https://authors.bmj.com/policies/bmj-policy-on-authorship/