O Que Pode Esconder uma Aparente Escoliose Idiopática?
DOI:
https://doi.org/10.25759/spmfr.442Palavras-chave:
Escoliose, Neoplasias da Medula EspinalResumo
A escoliose representa um motivo frequente de consulta em idade pediátrica. Apesar de poder ocorrer secundariamente a diversas patologias, a grande maioria dos casos é idiopática. Os tumores intramedulares, devido ao seu crescimento lento e comportamento infiltrativo, podem apresentar-se apenas com escoliose, sem outras alterações no exame neurológico. Assim, sobretudo nas fases precoces, estas escolioses podem comportar-se como idiopáticas e a distinção entre as duas entidades é difícil. No entanto, uma correta identificação da causa da escoliose é fundamental de modo a orientar o tratamento da patologia subjacente e estabilizar a progressão ou promover a regressão da escoliose. Neste contexto, existem diversas características atípicas para escoliose (red flags) que podem alertar para a presença de uma causa secundária e que devem suscitar um estudo complementar. Este trabalho apresenta dois casos clínicos de adolescentes seguidos em consulta especializada de MFR (alterações estáticas da coluna vertebral) com escoliose de comportamento semelhante à idiopática em que, após o início de sintomatologia neurológica, foi identificada a presença de uma neoplasia intramedular (astrocitoma pilocítico). O objetivo deste trabalho consiste em descrever este tipo de lesões, alertando para as principais características diferenciadoras da escoliose secundária a tumor medular a fim de permitir uma identificação e tratamento precoce.
Downloads
Referências
Schwend RM, Hennrikus W, Hall JE, Emans JB. Childhood scoliosis: clinical indications for magnetic resonance imaging. J Bone Joint Surg Am. 1995;77:46-53.
Huisman T. Pediatric tumors of the spine. Cancer Imaging. 2009;9:S45-8.
Calloni SF, Huisman TA, Poretti A, Soares BP. Back pain and scoliosis in children: When to image, what to consider. Neuroradiol J. 2017;30:393-404.
Tobias ME, McGirt MJ, Chaichana KL, Goldstein IM, Kothbauer KF, Epstein F, et al. Surgical management of long intramedullary spinal cord tumors. Childs Nerv Syst. 2008;24:219-23.
Paulino AC, Fowler BZ. Risk factors for scoliosis in children with neuroblastoma. Int J Radiat Oncol. 2005;61:865-9.
Fraser R, Paterson D, Simpson D. Orthopaedic aspects of spinal tumors in children. J Bone Jt Surg Br. 1977;59:143-51.
Hell AK, Kühnle I, Lorenz HM, Braunschweig L, Lüders KA, Bock HC, et al. Spinal Deformities after Childhood Tumors. Cancers. 2020;12:3555.
Carey SS, Sadighi Z, Wu S, Chiang J, Robinson GW, Ghazwani Y, et al. Evaluating pediatric spinal low-grade gliomas: a 30-year retrospective analysis. J Neurooncol. 2019;145:519-29.
Brotchi J, Dewitte O, Levivier M, Balériaux D, Vandesteene A, Raftopoulos C, et al. A survey of 65 tumors within the spinal cord: surgical results and the importance of preoperative magnetic resonance imaging. J Neurosurg. 1991;29:651-7.
Koeller K, Rosenblum RS, Morrison AL. Neoplasms of the spinal cord and filum terminale: radiologic-pathologic correlation. Radiographics 2000;20:1721-49.
Rossi A, Gandolfo C, Morana G, Tortori-Donati P. Tumors of the spine in children. Neuroimaging Clin N Am. 2007;17:17-35.
BouazizMC,DaghfousMS,LadebMF.Childhoodscoliosisrevealingspinal cord tumors. Eur J Orthop Surg Traumatol. 2006;16:318-21.
Citron N, Edgar MA, Sheehy J, Thomas DG. Intramedullary spinal cord tumours presenting as scoliosis. J Bone Joint Surg Br. 1984;66:513-7.
Cassar-Pullicino VN, Eisenstein SM. Imaging in scoliosis: what, why and how? Clin Radiol. 2002;57:543-62.
Lenke LG, Dobbs MB. Management of juvenile idiopathic scoliosis. J Bone Joint Surg Am. 2007;89:55-63.
Slipman CW, Patel RK, Botwin K, Huston C, Zhang L, Lenrow D, et al. Epidemiology of spine tumors presenting to musculoskeletal physiatrists. Arch Phys Med Rehabil. 2003;84:492-5.
Bernstein RM, Cozen H. Evaluation of back pain in children and adolescents. Am Fam Physician. 2007;76:1669-76.
Warner WC. Juvenile idiopathic scoliosis. In: Weinstein S, editor. The Pediatric Spine: Principles and Practice. 2 ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2001. p. 330.
Kim H, Kim HS, Moon ES, Yoon C-S, Chung T-S, Song H-T, et al. Scoliosis Imaging: What Radiologists Should Know. Radiographics. 2010;30:1823- 42.
Dewan V, Gardner A, Forster S, Matthews J, Ede MN, Mehta J, et al. Is the routine use of magnetic resonance imaging indicated in patients with scoliosis? J Spine Surg. 2018;4:575-82.
Diard F, Chateil JF, Hauger O, Moinard M, Ducou-Lepointe H. Imaging of childhood and adolescent scoliosis. J Radiol. 2002;83:1117-39.
Davids JR, Chamberlin E, Blackhurst DW. Indications for magnetic resonance imaging in presumed adolescent idiopathic scoliosis. J Bone Joint Surg Am. 2004;86:2187-95.
Tsirikos A, Saifuddin A, Noordeen MH. Spinal deformity in neurofibromatosis type-1: Diagnosis and treatment. Eur Spine J. 2005;14: 427-39.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Os manuscritos devem ser acompanhados de declaração de originalidade, Autoria e de cedência dos direitos de propriedade do artigo, assinada por todos os Autores.
Quando o artigo é aceite para publicação é obrigatória a submissão de um documento digitalizado, assinado por todos os Autores, com a partilha dos direitos de Autor entre Autores e a Revista SPMFR, conforme minuta:
Declaração Copyright
Ao Editor-chefe da Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação
O(s) Autor(es) certifica(m) que o manuscrito intitulado:
____________________________________________________________________ (ref.Revista da SPMFR_________) é original, que todas as afirmações apresentadas como factos são baseados na investigação do(s) Autor(es), que o manuscrito, quer em parte quer no todo, não infringe nenhum copyright e não viola nenhum direito da privacidade, que não foi publicado em parte ou no todo e que não foi submetido para publicação, no todo ou em parte, noutra revista, e que os Autores têm o direito ao copyright.
Todos os Autores declaram ainda que participaram no trabalho, se responsabilizam por ele e que não existe, da parte de qualquer dos Autores conflito de interesses nas afirmações proferidas no trabalho.
Os Autores, ao submeterem o trabalho para publicação, partilham com a Revista da SPMFR todos os direitos a interesses do copyright do artigo.
Todos os Autores devem assinar
Data:
Nome(maiúsculas)
Assinatura
Relativamente à utilização por terceiros a Revista da SPMFR rege-se pelos termos da licença Creative Commons “Atribuição – uso Não-Comercial – Proibição de Realização de Obras derivadas (by-nc-nd)”.
Após publicação na Revista SPMFR, os Autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados.
OS AUTORES DEVERÃO SUBMETER UMA DECLARAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO / CONTRIBUTORSHIP STATEMENT INDICANDO O TIPO DE PARTICIPAÇÃO DE CADA AUTOR NO ARTIGO. Mais informações: https://authors.bmj.com/policies/bmj-policy-on-authorship/