Avaliação do Nível de Conhecimento Sobre Disreflexia Autonómica numa Unidade de Cuidados Intensivos

Autores

  • Marta Ribeiro de Oliveira Serviço de Medicina Física e de Reabilitação - Hospital de Braga, Braga, Portugal
  • Cristina Miranda Cruz Serviço de Medicina Física e de Reabilitação - Hospital de Braga, Braga, Portugal
  • Filipe Antunes Serviço de Medicina Física e de Reabilitação - Hospital de Braga, Braga, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.229

Palavras-chave:

Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde, Cuidados Intensivos, Disreflexia Autonómica, Inquéritos e Questionários, Lesão Medular

Resumo

Introdução: O objectivo do estudo foi avaliar o nível de conhecimento sobre disreflexia autonómica, as suas causas e sintomas, tratamento e complicações, em profissionais de saúde em meio hospitalar, nomeadamente médicos e enfermeiros de uma Unidade de Cuidados Intensivos.

Material e Métodos: O desenho do estudo consistiu na criação de um questionário, adaptado de dois questionários previamente publicados. Foi utilizado em formato digital e em papel e foi aplicado aos médicos e enfermeiros da Unidade de Cuidados Intensivos.

Resultados: Um total de 52 profissionais de saúde completou o questionário (7 médicos e 45 enfermeiros). Dos médicos 43% (n = 3) e 60% (n = 27) dos enfermeiros que responderam ao questionário nunca ouviram falar de disreflexia autonómica. Apenas 3 dos enfermeiros e 1 dos médicos teve formação pré-graduada sobre disreflexia autonómica. Todos os enfermeiros com a especialidade de Enfermagem de Reabilitação (n = 4) conheciam o termo disreflexia autonómica e pontuaram de modo superior aos restantes enfermeiros. Todos os inquiridos gostariam de ter mais informação sobre o tema.

Conclusões: A disreflexia autonómica é considerada uma emergência médica e deve ser imediatamente reconhecida e tratada, de modo a prevenir complicações graves. É ainda pouco reconhecida por profissionais de saúde fora da área da reabilitação, havendo habitualmente pouca ou nenhuma formação graduada ou pósgraduada sobre lesão medular. Apesar de a disreflexia autonómica ocorrer mais frequentemente na fase crónica da lesão, pode estar presente nos primeiros dias ou semanas, acreditando-se que seja ainda pouco identificada nesta fase. Todos os profissionais de saúde que lidam com indivíduos com lesão medular devem estar alertados para esta entidade dado ser uma potencial emergência médica, muito para além dos cuidados em reabilitação.

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Referências

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Como Citar

1.
Ribeiro de Oliveira M, Miranda Cruz C, Antunes F. Avaliação do Nível de Conhecimento Sobre Disreflexia Autonómica numa Unidade de Cuidados Intensivos. SPMFR [Internet]. 30 de Dezembro de 2016 [citado 3 de Dezembro de 2024];28(2):10-4. Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/229

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