O Exercício Físico em Meio Aquático e o seu Papel na Fase III de um Programa de Reabilitação Cardíaca
DOI :
https://doi.org/10.25759/spmfr.377Mots-clés :
Doenças do Coração/reabilitação, Reabilitação Cardíaca, Terapia por ExercícioRésumé
Introdução: Os benefícios do treino físico aeróbico fora de água em doentes com patologia cardíaca estão bem estudados. Contudo, existem doentes que, por motivos pessoais ou limitações osteoarticulares, preferem realizar exercício físico dentro de água, interessa pois, perceber quais as vantagens, desvantagens e precauções a ter quando o plano de reabilitação se realiza em meio aquático.
Métodos: Para a realização da presente revisão narrativa foram consultadas as seguintes bases de dados: MEDLINE, SCOPUS e Web of Science.
Resultados: À medida que os volumes diastólico e sistólico aumentam com o aumento da profundidade de imersão, a frequência cardíaca (FC) diminui. Os valores de volume de oxigénio pico (VO2pico) e FCpico são 84% e 95% mais baixos dentro de água comparativamente aos observados fora de água, respetivamente. Aconselha-se, portanto, uma redução de 13% ou de 10 bpm em relação aos valores de FC alvo estabelecidos fora de água. O exercício em meio aquático induz um aumento da variação da frequência cardíaca e uma modulação autonómica cardíaca, ambos com impacto positivo no prognóstico destes doentes.
Conclusão: O exercício físico dentro de água é seguro, confere proteção cardiovascular e melhoria do prognóstico em doentes cardíacos de baixo risco que se encontrem na fase III do programa de reabilitação cardíaca e que por questões musculoesqueléticas ou de índole pessoal preferem a realização de exercício neste contexto.
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