Monoterapia com laser na fasceíte plantar

Autores

  • Catarina Matos Médica Interna de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Hospital de São José, Portugal
  • António Castro e Cunha Médico Interno de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital de São Marcos, Braga, Portugal
  • Sara Lorga Assistente Hospitalar de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Hospital de São José, Portugal
  • Maria Leonor Cabral Assistente Hospitalar Graduado de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Hospital de São José, Portugal
  • Vitor Oliveira Assistente Hospitalar Graduado de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Hospital de São José, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.92

Resumo

Introdução: A fasceíte plantar (FP) constitui a causa mais frequente de dor no retropé. Está recomendada uma prova terapêutica inicial conservadora.

Objetivos: Caraterizar fatores demográficos e sintomáticos, terapêutica prévia e resultados de monoterapia com laser.

Material e Métodos: Estudo observacional retrospetivo (12 meses). O tratamento aplicado foi laser infravermelho (AsGa 904nm; densidade de energia 20J/cm2; potência de pico 200mW). Fez-se análise estatística descritiva e comparativa (nível de significância de 0,05).

Resultados: Seguiram-se 32 doentes com FP, com idade média de 54,28 anos (24–86; DP 13,95), 66% mulheres, Índice de Massa Corporal (IMC) médio de 30,18Kg/m2 (17,91-41,13; DP 5,19), 75% unilaterais, tempo médio de evolução de 6,28 meses (0,2-24; DP 6,82), 21 tinham feito previamente farmacoterapia e 12 outros tratamentos de MFR. O nível de dor inicial (END) médio foi 7,31 (5-10; DP 1,38). Dos 26 doentes tratados (6 perdas), 24 (92,3%) reportaram melhoria. O número médio de sessões foi 28,5 (11– 60; DP 14,01). O nível médio de dor final foi 0,75 (0-5; DP 2,37), com melhoria média de 89,7% (28,6%-100%; DP 0,16) do nível de dor. A intensidade de dor inicial foi maior em doentes com IMC superior (p=0,002). Não se encontraram outras relações estatisticamente significativas.

Conclusões: A FP caraterizou-se por um nível de dor significativo (moderado a grave). A obesidade pareceu ser um fator de risco. A taxa de melhoria com o tratamento com laser foi muito satisfatória. A terapia com laser de baixa intensidade IV constitui uma boa opção terapêutica, a justificar avaliação suplementar por ensaios prospetivos controlados e randomizados.

Palavras-chave: Terapia com Laser; Fasceíte Plantar; Dor; Medicina Física. 

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Como Citar

1.
Matos C, Castro e Cunha A, Lorga S, Cabral ML, Oliveira V. Monoterapia com laser na fasceíte plantar. SPMFR [Internet]. 14 de Outubro de 2013 [citado 19 de Janeiro de 2025];23(1):38-42. Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/92

Edição

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Artigo original