Tratamento de Prevenção de Fraturas de Fragilidade numa Unidade de Cuidados Continuados: Uma Oportunidade para Intervenção

Autores

  • André Pinto Saraiva Serviço de Medicina Física e de Reabilitação Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Sofia Sousa Moreira Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais
  • Carolina Paiva Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais, Tocha, Portugal
  • Pedro Alves Peixoto Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental - Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, Penafiel, Portugal
  • Jorge Laíns Serviço de Medicina Física e de Reabilitação Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.484

Palavras-chave:

Assistência de Longa Duração, Fraturas Ósseas/reabilitação, Fraturas por Osteoporose, Idosos Frágeis, Osteoporose/reabilitação

Resumo

Introdução: As fraturas de fragilidade ocorrem espontaneamente ou após trauma minor. São comuns em doentes frágeis, estão associadas a incapacidade e morbimortalidade e são responsáveis por um número considerável de admissões nas Unidades de Cuidados Continuados, representando um elevado peso económico. O nosso objetivo foi valiar se os doentes internados na Unidade de Cuidados Continuados com o diagnóstico de fratura de fragilidade receberam tratamento adequado para a prevenção de novas fraturas.
Métodos: Estudo retrospetivo realizado na Unidade de Cuidados Continuados de Convalescença Rovisco Pais. Foram incluídos todos os doentes internados com fratura de fragilidade entre julho de 2021 e agosto de 2022.
Resultados: Foram incluídos 80 doentes (média de idades 85±8,71 anos; género feminino 76,2%; duração média do internamento 60±25,8 dias; fratura proximal do fémur 91,3%; fratura vertebral 8,8%). À data de alta, 16 doentes (21,6%) foram medicados com anti-reabsortivo; 15 doentes (20,5%) receberam suplementação com vitamina D; e apenas 2 doentes (2,7%) receberam cálcio. Seis destes doentes (7,5%) tiveram uma fratura subsequente. Os doentes frágeis eram mais velhos, tiveram mais quedas e maior probabilidade de evento adverso durante a hospitalização.
Conclusão: Todos os doentes tinham indicação formal para iniciar tratamento com anti-reabsortivos. Apesar da existência de guidelines bem estabelecidas para a prevenção de fraturas de fragilidade e da existência de tratamento farmacológico eficaz, apenas uma minoria recebeu o tratamento indicado. Estes resultados demonstram que existe margem para melhoria e este estudo pretende ser a força motriz para o estabelecimento de um protocolo de intervenção.

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Publicado

2023-11-17

Como Citar

1.
Saraiva AP, Moreira SS, Paiva C, Peixoto PA, Laíns J. Tratamento de Prevenção de Fraturas de Fragilidade numa Unidade de Cuidados Continuados: Uma Oportunidade para Intervenção. SPMFR [Internet]. 17 de Novembro de 2023 [citado 21 de Novembro de 2024];35(3):91-6. Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/484

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