Osteoporose e quedas: problemas não valorizados pela comunidade médica portuguesa.

Autores

  • Vítor Brás da Silva Polo de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Curry Cabral. Lisboa, Portugal
  • Sílvia Boaventura Barbosa Polo de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Curry Cabral. Lisboa, Portugal
  • Jorge Rodrigues Polo de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Curry Cabral. Lisboa, Portugal
  • Marta Amaral Silva Polo de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Curry Cabral. Lisboa, Portugal
  • Ana Catarina Miguéns Polo de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Curry Cabral. Lisboa, Portugal
  • Luís Horta Polo de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Curry Cabral. Lisboa, Portugal
  • Pedro Soares Branco Polo de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Curry Cabral. Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.312

Palavras-chave:

osteoporose, quedas, fraturas osteoporóticas, prevenção secundária, tratamento

Resumo

Objetivos: a prevalência da osteoporose continua a aumentar, aumentando a morbimortalidade associada às fraturas osteoporóticas, na maioria resultantes de queda, sendo a fratura do fémur proximal a de maior impacto socioeconómico. O nosso objetivo foi caracterizar uma amostra da população hospitalar com fratura do fémur proximal quanto a medidas preventivas e terapêuticas da osteoporose e quedas.

Material e métodos: realizámos um estudo transversal retrospetivo em mulheres com idade mínima de 65 anos e fratura recente do fémur proximal internadas num serviço de Ortopedia, durante um ano, através de questionário desenvolvido para o efeito e consulta do processo clínico.

Resultados: avaliámos 100 doentes, a maioria com fratura decorrente de queda, no domicílio, durante o dia e em piso regular; 76% das doentes tinha antecedentes de queda e 42% história prévia de fratura osteoporótica. Considerando os critérios para instituição terapêutica apenas 5,3% da amostra se encontrava medicada. Estabeleceu-se uma associação estatisticamente significativa entre a ocorrência de quedas e as fraturas osteoporóticas bem como com a implementação de medidas de prevenção do risco de queda.

Conclusões: os resultados corroboram a importância das quedas e das fraturas osteoporóticas na saúde. Tendo por base a literatura, os custos diretos estimados com esta amostra serão de 1,34M€ no primeiro ano pós-fratura. Considerando a taxa mínima de cobertura terapêutica e o potencial de redução de risco fraturário estabelecido, conclui-se que um tratamento adequado poderia reduzir estes valores em, no mínimo, 40-45%.

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Publicado

2019-06-30

Como Citar

1.
Brás da Silva V, Boaventura Barbosa S, Rodrigues J, Amaral Silva M, Miguéns AC, Horta L, et al. Osteoporose e quedas: problemas não valorizados pela comunidade médica portuguesa. SPMFR [Internet]. 30 de Junho de 2019 [citado 10 de Dezembro de 2024];31(2):15-23. Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/312

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