Disfunção das Articulações Sacroilíacas
DOI:
https://doi.org/10.25759/spmfr.206Palavras-chave:
Articulação Sacroilíaca/diagnóstico, Articulação Sacroilíaca/tratamento, Dor, Instabilidade Articular/diagnóstico, Instabilidade Articular/tratamentoResumo
A disfunção das articulações sacroilíacas (SI) é uma alteração da biomecânica normal da articulação, levando a uma limitação ou a um movimento excessivo da mesma. Apesar de ser uma patologia relativamente comum, é, frequentemente, subdiagnosticada. O presente estudo visa caracterizar esta entidade, nomeadamente no que concerne à sua anatomia, biomecânica e patofisiologia, assim como descrever os aspectos clínicos mais relevantes e o tratamento. Para tal foi realizada uma revisão narrativa da literatura publicada até Maio de 2016 nas principais bases de dados médicas. As SI incluem-se no grupo das diartroses, sendo as mais fortes e mais estáveis das diartroses que suportam o peso corporal. As forças de torção que se exercem nas SI são bastante consideráveis, e são controladas pelas estruturas ligamentares que as rodeiam, especialmente os ligamentos sacro-espinhosos e sacro-tuberosos. Tanto os músculos isquiotibiais como os abdominais parecem ter um efeito considerável de alavanca, forçando os ilíacos a uma rotação posterior. A história clínica e o exame objectivo (nomeadamente o padrão de flexão do tronco e as manobras específicas) são fundamentais para definir o diagnóstico e excluir outros potenciais diagnósticos diferenciais, nomeadamente a discopatia e a disfunção facetária lombar. O tratamento envolve uma abordagem multimodal que deverá incluir a educação do doente, o tratamento farmacológico, os agentes físicos, as técnicas manuais, de energia muscular e de estabilização e a proloterapia.
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