Toxina Botulínica na Síndrome de Frey: Quem Tratar? Relato de Caso e Revisão da Literatura

Autores

  • José Bissaia Barreto Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, Santa Maria da Feira, Portugal
  • Joana Matos Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, Santa Maria da Feira, Portugal
  • Sónia Tomé Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, Santa Maria da Feira, Portugal
  • Vítor Costa Pereira Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, Santa Maria da Feira, Portugal
  • Inês Táboas Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, Santa Maria da Feira, Portugal
  • Sofia Toste Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, Santa Maria da Feira, Portugal
  • Catarina Aguiar Branco Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, Santa Maria da Feira, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.385

Palavras-chave:

Sudorese Gustativa/tratamento farmacológico, Toxinas Botulínicas Tipo A/uso terapêutico

Resumo

A síndrome de Frey é observada maioritariamente após parotidectomias, sendo uma complicação cirúrgica subdiagnosticada que pode causar inibição social e deterioração da qualidade de vida (QV). Apresentamos a descrição de um caso clínico complementado por uma revisão bibliográfica do papel da infiltração com toxina botulínica (BoNT) na síndrome de Frey. Efetuamos uma pesquisa bibliográfica na PubMed utilizando os termos “botulinum toxin”, “gustatory sweating” e “Frey syndrome”, consulta do processo clínico do doente e registo fotográfico do teste de Minor. Relatamos o caso de uma mulher de 43 anos com diagnóstico de adenoma pleomórfico da parótida esquerda submetida a parotidectomia, complicada com sinais/sintomas sugestivos de síndrome de Frey: calor, rubor e sudorese na região parotídea esquerda durante as refeições, com interferência na socialização e QV. O teste de Minor confirmou o diagnóstico. Realizou-se infiltração intradérmica com 46U de BoNT Botox® na área positivada pelo teste de Minor coincidente com a clínica, sem intercorrências. Na reavaliação às 3 semanas, a doente negava hipersudorese (constatável no teste de Minor) e referia melhoria da QV. A síndrome de Frey é uma complicação cirúrgica que pode acarretar inibição social e redução da QV, sendo o seu tratamento sintomático. De todas as opções terapêuticas, a infiltração intradérmica com BoNT tipo A é actualmente a primeira opção, uma vez que é segura e eficaz. O teste de Minor é essencial para otimizar a dose de BoNT, reduzindo assim a possibilidade de ocorrência de efeitos adversos.

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Referências

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Publicado

2021-01-14

Como Citar

1.
Bissaia Barreto J, Matos J, Tomé S, Costa Pereira V, Táboas I, Toste S, et al. Toxina Botulínica na Síndrome de Frey: Quem Tratar? Relato de Caso e Revisão da Literatura. SPMFR [Internet]. 14 de Janeiro de 2021 [citado 30 de Outubro de 2024];32(4):174-8. Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/385

Edição

Secção

Caso Clínico

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