Reabilitação pós cirúrgica da Doença de Dupuytren – um estudo retrospetivo

Autores

  • Carolina Pereira Barbeiro Médica interna de Formação Específica de MFR no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão
  • Inês Mendes Ribeiro Médica interna da Formação Especifica de MFR no Hospital Fernando da Fonseca
  • André Ladeira Médico interno da Formação Especifica de MFR no Hospital Fernando da Fonseca
  • Ana Dias Assistente Hospitalar Graduada de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Fernando da Fonseca
  • Ana Cadete Assistente Hospitalar Graduada de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Fernando da Fonseca

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.207

Palavras-chave:

Doença de Dupuytren, Amplitudes articulares, Dor, Medicina Física e de Reabilitação

Resumo

Introdução: A doença de Dupuytren é uma patologia proliferativa benigna do tecido conjuntivo que envolve a fáscia palmar. A primeira manifestação clínica reportada pelo doente é o espessamento da pele junto à articulação MCF. O 5º dedo é o mais afetado, e a doença de Dupuytren atinge mais frequentemente homens com mais de 40 anos. A diabetes mellitus, a dependência do álcool e do tabaco e o HIV estão associados a um maior risco de desenvolvimento da doença. O tratamento gold standart passa pela intervenção cirúrgica que está indicado em casos de doença avançada. A reabilitação pós-operatória deve começar entre 3 a 5 dias após a cirurgia com exercícios de manutenção de amplitudes articulares e uma tala palmar.

Objetivos: Caracterizar a população com doença de Dupuytren submetida a intervenção cirúrgica e avaliar os ganhos do programa de reabilitação pós-cirúrgico.

Método: Estudo retrospetivo e longitudinal com consulta dos arquivos clínicos dos doentes com doença de Dupuytren tratados cirurgicamente, avaliados e seguidos no Serviço de Medicina Física e de Reabilitação de acordo com o programa de terapia ocupacional.

Resultados: De um total de 50 doentes com doença de Dupuytren tratados cirurgicamente entre Janeiro de 2014 e Agosto de 2015, 92% eram homens. A média de idades era de 64.22 anos de idade. Os fatores de risco associados foram predominantemente diabetes mellitus (22%), tabagismo (8%) e hábitos alcoólicos moderados a acentuados (6%). 54% dos doentes foram operados à mão direita, e a maioria dos doentes foi operada ao 5.º raio (38%). 42 doentes (84%) frequentaram o programa de reabilitação 2 vezes por semana. 13 doentes abandonaram o tratamento não tendo efetuado consulta de reavaliação. A média dos tratamentos foi de 70.14 dias (DP 42.5). Em comparação com o início e o fim do programa de reabilitação houve uma diferença significativa tanto na extensão como na flexão da MCF (p=0.00, p=0.03), da IFP (p=0.00, p=0.01), e na dor (p=0.00). Não se encontraram outras relações estatisticamente significativas.

Conclusão: A cirurgia seguida de um programa de reabilitação estruturado na doença de Dupuytren permite uma melhoria das amplitudes articulares e da dor. 

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Biografias Autor

Carolina Pereira Barbeiro, Médica interna de Formação Específica de MFR no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão

Médica interna da Formação específica em Medicina Fisica e de Reabilitação do Centro de Medicina de Reablitação de Alcoitao

Inês Mendes Ribeiro, Médica interna da Formação Especifica de MFR no Hospital Fernando da Fonseca

Médica interna da Formação Especifica de MFR no Hospital Fernando da Fonseca

André Ladeira, Médico interno da Formação Especifica de MFR no Hospital Fernando da Fonseca

Médico interno da Formação Especifica de MFR no Hospital Fernando da Fonseca

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Publicado

2017-01-29

Como Citar

1.
Barbeiro CP, Ribeiro IM, Ladeira A, Dias A, Cadete A. Reabilitação pós cirúrgica da Doença de Dupuytren – um estudo retrospetivo. SPMFR [Internet]. 29 de Janeiro de 2017 [citado 23 de Novembro de 2024];29(1). Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/207

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