Disreflexia Autonómica: etiologia, incidência e caracterização demográfica.

Autores

  • Cristina Miranda Cruz Hospital de Braga
  • Marta Oliveira Hospital de braga
  • Maria Berkeley Cotter Hospital de braga
  • Ivone Soares Hospital de Braga
  • Fátima Martins Pereira Hospital de Braga

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.162

Palavras-chave:

Lesão Medular, Disreflexia Autonómica, Reabilitação

Resumo

Objetivo: determinar a incidência de disreflexia autonómica nos doentes com lesão medular durante o período de internamento; identificar a causas desencadeantes mais comuns; determinar que variáveis poderão influenciar a incidência de disreflexia autonómica.

Métodos: Foi conduzido um estudo retrospetivo num serviço de Medicina Física e de Reabilitação, tendo sido selecionados todos os doentes com lesão medular com nível sensitivo acima de T6 internados entre Janeiro de 2011 e Dezembro de 2013. A informação sobre o número de episódios de disreflexia autonómica, as características demográficas, as causas de disreflexia e a necessidade de utilizar medicação anti-hipertensora foi retirada dos registos clínicos dos pacientes incluídos.

Procedeu-se à análise estatística recorrendo ao statistical package for social sciences (SPSS).

Resultados: 12,7% dos pacientes incluídos desenvolveram pelo menos 1 episódio de disreflexia autonómica durante o período de internamento; 71,4% dos episódios de disreflexia autonómica ocorreram em doentes com lesão medular completa (AIS A); todos os episódios ocorreram em pacientes em que a causa da lesão medular foi o traumatismo vértebro-medular e com lesão medular com nível sensitivo cervical.

Os principais fatores desencadeantes de disreflexia autonómica foram de origem genitourinária (48%) ou gastrointestinal (44,2%). Houve necessidade de administrar medicação anti-hipertensora em 26,5% dos episódios.

Conclusão: A disreflexia autonómica parece ser um complicação relativamente comum nos doentes com lesão medular. É importante estar alerta para a possibilidade desta complicação, uma vez que o correto tratamento passa pelo reconhecimento atempado, pela imediata eliminação dos fatores desencadeantes e pela administração de tratamento farmacológico se necessário. 

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Biografias Autor

Cristina Miranda Cruz, Hospital de Braga

Médica interna de Medicina Física e Reabilitação no Hospital de Braga

Marta Oliveira, Hospital de braga

Médica interna de Medicina Física e Reabilitação no Hospital de Braga

Maria Berkeley Cotter, Hospital de braga

Médica interna, serviço de Medicina Física e Reabilitação, hospital de Braga

Ivone Soares, Hospital de Braga

Médica assistente hospitalar, Serviço de Medicina Física e Reabilitação, Hospital de Braga

Fátima Martins Pereira, Hospital de Braga

Médica assistente hospitalar graduada, Serviço de Medicina Física e Reabilitação, Hospital de Braga

Referências

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Ficheiros Adicionais

Publicado

2017-06-29

Como Citar

1.
Cruz CM, Oliveira M, Cotter MB, Soares I, Pereira FM. Disreflexia Autonómica: etiologia, incidência e caracterização demográfica. SPMFR [Internet]. 29 de Junho de 2017 [citado 21 de Novembro de 2024];29(2). Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/162

Edição

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Artigo original

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