Aplicação da Toxina Botulínica no Tratamento da Epicondilite Lateral Refratária: A Propósito de um Caso Clínico
DOI:
https://doi.org/10.25759/spmfr.374Palavras-chave:
Cotovelo de Tenista, Modalidades de Fisioterapia, Toxinas Botulínicas Tipo A/uso terapêutico, Tratamento da DorResumo
Introdução: A epicondilite lateral é uma causa comum de dor crónica do cotovelo, frequentemente relacionada com a atividade muscular repetida. Apesar de existirem várias opções terapêuticas disponíveis, não existe consenso em relação à abordagem da forma refratária.
Caso Clínico: Masculino, 38 anos, recorreu ao médico assistente por dor no epicôndilo lateral direito. A ecografia apresentou aspetos compatíveis com tendinopatia e rotura parcial do tendão extensor digitorum communis junto ao epicôndilo. O doente realizou programa de reabilitação em centro convencionado mas por persistência do quadro álgico, foi referenciado para consulta de Medicina Física e de Reabilitação hospitalar. Nessa consulta apresentava dor na escala numérica (EN) 8/10 e QuickDASH 68,2/100. Realizou 4 sessões de mesoterapia mas por persistência das queixas procedeu-se à administração de 20 U de Onabotulinumtoxina A ecoguiada nos músculos extensor radial do carpo e extensor comum dos dedos. Manteve seguimento até aos 5 meses, tendo alta com EN 1/10 e QuickDASH 4,5/100.
Discussão: Este caso ilustra a possibilidade da aplicação da onabotulinumtoxina A com sucesso no tratamento da epicondilite. Estudos demonstraram que a administração de 20-60 U de toxina botulínica é eficaz na diminuição da dor. Assim, a administração de toxina botulínica representa uma opção terapêutica promissora no tratamento da epicondilite refratária.
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