O papel da Medicina Física e de Reabilitação na Acondroplasia

Autores

  • Carla Hovenkamp Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – ULS Coimbra. https://orcid.org/0000-0001-5115-5860
  • Alexandra P. Coelho Centro de Saúde Militar de Coimbra
  • Pedro Figueiredo Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – ULS Coimbra.
  • Iolanda Veiros Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – ULS Coimbra. https://orcid.org/0009-0000-9272-7861
  • João Paulo Branco Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – ULS Coimbra. https://orcid.org/0000-0002-0271-8329

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.518

Palavras-chave:

Acondroplasia, Medicina Física e Reabilitação, Qualidade de vida, Atividades da Vida Diária

Resumo

A acondroplasia é a displasia óssea mais frequente e melhor estudada. É causada por uma mutação no gene do recetor 3 do fator de crescimento fibroblástico (FGFR3, levando consequentemente à disfunção da ossificação endocondral. Clinicamente traduz-se por múltiplas alterações anatómicas, sendo a mais evidente a macrocefalia e baixa estatura desproporcional com encurtamento proximal dos membros. As alterações anatómicas resultam em complicações orgânicas e funcionais. Existem consensos internacionais para a avaliação e orientação dos indivíduos com acondroplasia desde o período pré-natal/neonatal até à idade adulta, com vista à standardização dos cuidados prestados e melhoria dos outcomes clínicos e funcionais. A avaliação e orientação destes indivíduos deve idealmente ocorrer em centros com experiência em displasias ósseas, devendo a abordagem ser multidisciplinar e multiprofissional. A Medicina Física e de Reabilitação (MFR) assume um papel essencial na avaliação destes indivíduos nas diferentes fases da sua vida com vista a reduzir a incapacidade, prevenir complicações e melhorar a funcionalidade, atividade e participação. A atuação da MFR assenta na prescrição de um programa de reabilitação individualizado, na prescrição de produtos de apoio e na prescrição de adaptações domiciliárias, escolares e no local de trabalho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Cormier-Daire V, AlSayed M, Alves I, Bengoa J, Ben-Omran T, Boero S, et al. Optimising the diagnosis and referral of achondroplasia in Europe: European Achondroplasia Forum best practice recommendations. Orphanet J Rare Dis. 2022;17(1):293. doi: 10.1186/s13023-022-02442-2 ResearchGate

Daugherty A. Achondroplasia: etiology, clinical presentation, and management. Neonatal Netw. 2017;36(6):337–42. doi: 10.1891/0730-0832.36.6.337 PubMed

Pauli RM. Achondroplasia: a comprehensive clinical review. Orphanet J Rare Dis. 2019;14(1):1.

Savarirayan R, Ireland P, Irving M, Thompson D, Alves I, Baratela WAR, et al. International Consensus Statement on the diagnosis, multidisciplinary management and lifelong care of individuals with achondroplasia. Nat Rev Endocrinol. 2022;18(3):173–89.

Broström EW, Antonissen L, von Heideken J, Esbjörnsson AC, Hagenäs L, Naill JE. Gait in children with achondroplasia: a cross-sectional study on joint kinematics and kinetics. BMC Musculoskelet Disord. 2022;23(1):397.

Hoover-Fong J, Cheung MS, Fano V, Hagenäs L, Hecht JT, Ireland P, et al. Lifetime impact of achondroplasia: current evidence and perspectives on the natural history. Bone. 2021;146:115872.

European Physical and Rehabilitation Medicine Bodies Alliance. White Book on Physical and Rehabilitation Medicine in Europe: introductions, executive summary, and methodology. Eur J Phys Rehabil Med. 2018;54(2):125–55.

Hoover-Fong J, Scott CI, Jones MC, Committee on Genetics. Health supervision for people with achondroplasia. Pediatrics. 2020;145(6):e20201010.

Downloads

Publicado

2025-10-02

Como Citar

1.
Hovenkamp C, Coelho AP, Figueiredo P, Veiros I, Branco JP. O papel da Medicina Física e de Reabilitação na Acondroplasia. SPMFR [Internet]. 2 de Outubro de 2025 [citado 4 de Outubro de 2025];37(2):17-21. Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/518

Edição

Secção

Artigo original

Artigos Similares

<< < 20 21 22 23 24 25 26 > >> 

Também poderá iniciar uma pesquisa avançada de similaridade para este artigo.