Mielinólise centro-pôntica – a propósito de um caso clínico
DOI :
https://doi.org/10.25759/spmfr.96Résumé
A mielinólise centro-pôntica (MCP) define-se como uma doença desmielinizante aguda, não inflamatória, localizada na região centro-pôntica, associada a um quadro clínico de tetraparésia flácida, paralisia pseudo- bulbar e vários graus de encefalopatia ou coma. Atualmente a etiologia ainda não está completamente esclarecida mas geralmente está associada a perturbações eletrolíticas (particularmente a hiponatrémia severa e à sua rápida correção), podendo ainda associar-se a alcoolismo, patologia hepática ou desnutrição. A confirmação imagiológica do diagnóstico pode ser feita recorrendo à ressonância magnética encefálica (RM encefálica).
Descreve-se o caso de uma mulher de 42 anos, com antecedentes de síndrome depressivo e de hábitos alcoólicos marcados, internada na sequência de uma queda e de um quadro de icterícia, emagrecimento e prostração com cerca de 3 semanas de evolução, tendo-se identificado hiponatrémia e efetuado a respetiva correção. Após a mesma, a doente desenvolveu um quadro de tetraparésia e hipotonia generalizada, tendo realizado RM encefálica, que se revelou compatível com o diagnóstico de mielinólise centropôntica. Foi internada num Centro de Reabilitação 8 semanas depois e iniciou um programa de reabilitação intensiva multimodal. Teve evolução favorável ao longo de um período de internamento de 10 semanas.
A MCP é uma patologia rara, sem tratamento definido e que pode determinar prognósticos vital e/ou funcional reservados. A integração precoce num programa de reabilitação intensivo e abrangente é fundamental para o resultado funcional e de reintegração destes indivíduos.
Palavras-chave: Mielinólise Centro-Pôntica; Hiponatrémia; Tetraparésia; Funcionalidade; Reabilitação.
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