Diagnóstico da doença arterial periférica em pacientes com doença coronária - Implicações para os programas de reabilitação cardiovascular

Autores

  • Sofia Gonçalves Viamonte Assistente Hospitalar de Medicina Física e de Reabilitação
  • Joana Martins Assistente Hospitalar de Cirurgia Vascular
  • Preza Fernandes Assistente Hospitalar Graduado de Cardiologia
  • Daniela Cunha Técnica de Cardiopneumologia
  • João Lopes Gomes Chefe de Serviço de Cardiologia/Director do Departamento de Medicina. Unidade de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular - Centro Hospitalar do Porto/Hospital de Santo António

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.36

Resumo

Introdução: Os pacientes que sofrem um evento isquémico cardíaco enfrentam também o risco de desenvolveremsintomas de Doença Arterial Periférica Obstrutiva (DAPO) como manifestação concomitante da doença vascular,com impacto adicional no seu estado funcional e qualidade de vida. Com alguma frequência os sintomas declaudicação intermitente (CI) manifestam-se inicialmente no contexto do exercício supervisionado que integra umPrograma de Reabilitação Cardíaca (PRC) instituído por Doença Coronária (DC), influenciando o processoreabilitador.

Métodos: Estudo prospectivo visando determinar a prevalência de DAPO e a sua associação com os Factores deRisco Cardiovasculares (FRCV) modificáveis em pacientes com DC, orientados para PRC na UPRCV do CentroHospitalar do Porto/Hospital de Santo António durante o ano de 2009.

Resultados: Foi realizado doppler arterial periférico com medição do Índice Tornozelo-Braço (ITB) a um total de141 doentes com DC que integraram PRC supervisionado na UPRCV: 115 (81,5%) do sexo masculino e 26 (18,5%)do sexo feminino. Dos 141 doentes 35 (24,8%) apresentavam sintomas sugestivos de CI. O diagnóstico de DAPOpor ITB <0,9 foi confirmado em 21 doentes (17 homens e 4 mulheres) traduzindo uma prevalência de 14,8%. Em11 (7,8%; 52,3% do total de doentes com DAPO) a CI surgiu no decurso do PRC. Verificou-se uma correlaçãosignificativa entre a DAPO e tabagismo (p<0,002), presente em 17 dos 21 doentes; sedentarismo (p<0,002),também presente em 17 doentes e HTA (p<0.01).

Conclusão: A elevada prevalência da DAPO e a variabilidade da sua apresentação clínica fundamentam anecessidade de incluir o ITB no protocolo de avaliação dos pacientes com DC.É importante implementar nasUPRCV estratégias que envolvem a detecção, prevenção e tratamento das várias manifestações da doençaaterosclerótica

Palavras-chave: Doença Coronária, Doença Arterial Periférica, Índice Tornozelo-Braço, Reabilitação.

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Como Citar

1.
Viamonte SG, Martins J, Fernandes P, Cunha D, Gomes JL. Diagnóstico da doença arterial periférica em pacientes com doença coronária - Implicações para os programas de reabilitação cardiovascular. SPMFR [Internet]. 28 de Fevereiro de 2013 [citado 3 de Dezembro de 2024];19(1):30-6. Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/36

Edição

Secção

Artigo de Revisão