Avaliação da Capacidade Funcional após Programa de Reabilitação Cardíaca - Efeitos a Longo Prazo

Autores

  • Sandra Magalhães Interno de Formação Específica de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar do Porto – Hospital de Santo António, Porto, Portugal
  • Joana Macedo Interno de Formação Específica de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital de Funchal – Madeira, Portugal
  • Maria Miguel Ribeiro Interno de Formação Específica de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar do Porto – Hospital de Santo António, Porto, Portugal
  • Ana Barreira Fisioterapeuta do Centro Hospitalar do Porto – Hospital de Santo António, Porto, Portugal
  • Preza Fernandes Assistente Hospitalar Graduado de Cardiologia do Centro Hospitalar do Porto – Hospital de Santo António, Porto, Portugal
  • Sofia Viamonte Assistente Hospitalar de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar do Porto – Hospital de Santo António, Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25759/spmfr.107

Resumo

Na literatura tem sido amplamente estabelecido o papel do sedentarismo como fator de risco major para doença cardíaca isquémica. Os Programas de Reabilitação Cardíaca visam melhorar a capacidade funcional do doente com patologia cardíaca assim como educar e acompanhar no controlo dos seus fatores de risco cardiovasculares.

Objetivo: Avaliar a capacidade funcional de doentes com doença cardíaca isquémica submetidos a um Programa de Reabilitação Cardíaca ao longo de 12 meses de follow-up e a sua correlação com mudanças nos hábitos de vida.

Métodos: Estudo de coorte prospetivo que inclui os doentes com diagnóstico de doença cardíaca isquémica referenciados consecutivamente para Programa de Reabilitação Cardíaca baseado no exercício, recrutados entre Janeiro de 2008 e Dezembro de 2009. Foram estabelecidos três momentos de avaliação: inicial (primeira consulta da Fase II), 3 e 12 meses, com registo do nível da atividade física realizada em ambulatório através de questionário (International Physical Activity Questionnaire) e avaliação da capacidade funcional através do tempo total e dos equivalentes metabólicos (MET) atingidos durante as provas de esforço realizadas.

Resultados: De um total de 329 doentes foram excluídos 73 por não conclusão da fase II do PRC ou por perda de dados no follow-up. Foram estudados 256 doentes (76,2% do sexo masculino; idade média: 61,1 ± 10,6 anos. No final da Fase II ocorreu uma melhoria estatisticamente significativa nos parâmetros estudados, nomeadamente no valor médio da atividade física realizada em ambulatório registados nos scores do IPAQ (70,5%; p <0,0001), tempo (18,9%; p <0,0001 / 23,7; p =0,002) e MET atingidos na prova de esforço (20,4%; p <0,0001). Esta diferença manteve-se estatisticamente significativa aos 12 meses de follow-up.

Conclusão: Este estudo salienta a importância de programas de Reabilitação Cardíaca no contexto da prevenção secundária da doença cardiovascular e a necessidade de implementar estratégias que potenciem a manutenção dos benefícios a longo prazo.

Palavras-chave: Reabilitação Cardíaca; Capacidade Funcional. 

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Como Citar

1.
Magalhães S, Macedo J, Ribeiro MM, Barreira A, Fernandes P, Viamonte S. Avaliação da Capacidade Funcional após Programa de Reabilitação Cardíaca - Efeitos a Longo Prazo. SPMFR [Internet]. 27 de Janeiro de 2014 [citado 10 de Setembro de 2024];24(2):18-24. Disponível em: https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/107

Edição

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Artigo original